Registro de Aventuras

De Fronteiras do Oeste
Revisão de 13h47min de 17 de setembro de 2020 por DaniToste (discussão | contribs)
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Este é o Registro de Aventuras. Para cada aventura que você e seu grupo fizerem, adicionem um parágrafo como o modelo abaixo:

Número da Expedição - Data em Jogo (Data Real)

Personagens que estavam na missão.

Nome

Resumo dos acontecimentos. Novos aprendizados ou descobertas.

Coloquem novas anotações acima das mais antigas: vamos manter isso em ordem cronológica inversa: fator mais recentes em cima, mais antigos embaixo.

Expedição 21-D - 21 de Arodus, 4720 AR (15 de Setembro de 2020)

Quando desvendamos uma maquina de fazer cubos gelatinosos!!!!

Exploradores: Delgas, Khaladur, Kirel, Millie

Kirel

Continuamos nossa exploração nos esgotos do apotecário abandonado. Lift e Gazu são atingidos por uma chuva ácida, então decidimos que seria melhor eles aguardarem na entrada para se recuperarem enquanto nós exploramos o resto dos túneis. Lutamos com uma criatura gelatinosa no esgoto. Confirmamos que o local é o esconderijo dos irmãos Shee. Encontramos alguns planos e itens numa sala que eles pareciam usar como seu quarto/escritório e finalmente encontramos or irmão numa sala enorme com uma grande maquina que eles parecem ter acabado de descobrir. Tentamos conversar e pedir para eles conversarem conosco, mas eles se recusam e ligam a maquina, iniciando um combate. Durante o combate a maquina parece cuspir mais criaturas gelatinosas, mas eventualmente conseguimos vencer os irmãos e parar a máquina. Tentamos interrogá-los, mas algum tipo de ataque mental é desferido contra eles antes de compartilharem mais informações. Tudo que sabemos do ataque é que todos ouvimos um piado de coruja quando ele aconteceu.

Voltamos para a biblioteca com os documentos encontrados nos pertences dos shee e aprendemos algumas coisas:

Pacto da estrada aberta

Feito pelos 4 fundadores quando descobriram um enorme tesouro na expansão Mwangi (curiosamente perto do povoado da minha tribo). Chegaram numa porta magica que tinha inúmeras chaves e uma fechadura. Para abrir a porta era necessário que apenas 1 deles estivesse vivo. Eles fizeram um pacto: cada um pegou uma chave, quando o ultimo estivesse vivo, o sobrevivente voltaria para ver o que estava atrás da porta. Voltaram para Absalom e fundaram a loja. Adolphus trouxe as anotações e o pacto quando veio pro Nexus.

Filactéria:

Construída sob encomenda pelo lich pediu os anões para criar o jarro místico. Os docs não detalham onde o objeto está, mas diz que foi forjado na forja principal das minas antigas dos anões e os eles costumam manter registros em pedra que talvez tenham sobrevivido ao tempo. Deve ser a mina de ferro onde estivemos. O objeto precisa ser instalado num local corretamente para funcionar. Para destruir o jarro é preciso realizar um ritual.

Não sabemos muito bem como as duas descobertas estão conectadas, mas tudo indica que deve haver alguma conexão. Eu me pergunto se as informações sobre o pacto da estrada aberta tem algo a ver com outras referencias a chaves que encontramos nas nossas explorações. Havia uma carta de Grumpus mencionando três chaves e há também registros de Delgas mencionando alguma coisa sobre pedras e chaves. Faz sentido que Grumpus estivesse procurando algo relacionado à história dos fundadores da sociedade. Talvez um passo seja ir atrás disso. Também consideramos tentar explorar as minas... mas será que conseguimos evitar o dragão vermelho que habita o local?

Por fim decidimos que nosso passo deve ser voltar para refúgio entregar o elixir para a capitã, e depois decidir para onde ir.

Expedição 21-C - 21 de Arodus, 4720 AR (08 de Setembro de 2020)

Quando exploramos a cidade dourada

Exploradores: Delgas, Gazu, Kirel, Lift, Millie

Kirel

Somos recebidos em Nexus por Ixil'lanos. Ele nos explica que é o responsável pelos sonhos enviados à capitã e diz que lamenta os efeitos que esses sonhos trouxeram para ela, ainda mais por isso ter levado a atenção do necromante e possivelmente ser o motivo de ela ser atacada. Não sei bem dizer como me sinto em relação a isso, muitas coisas resultaram da decisão de Ixil'lanos, incluindo a morte de nosso amigo Raz, mas é difícil ponderar as implicações de um caminho ou outro e talvez a intervenção do quetzalcoatl resulte na queda do necromante. Por um momento fico confusa sobre o porquê de ele nos atrair até a cidade, mas aparentemente ele acha que há informações relevantes sobre Filactérias no Arquivo Planetário que podem ser a chave para destruir o lich. Ixil'lanos também nos explica um pouco sobre as pedras eônicas e como elas eram usadas para estabelecer conexões importantes entre os locais relevantes para a civilização que um dia existiu aqui. Talvez seja possível usar nossas bússolas para nos transportarmos para o Nexus, mas isso vai requerer algum trabalho e pesquisa... Talvez Delgas tenha interesse em fazer isso.

Seguimos para a biblioteca/arquivo planetário. Talvez eu devesse tomar notas "mentais" mais organizadas da próxima vez, mas eis o que eu consigo me lembrar, espero que esteja tudo certo:

  • Dois pathfinders, Adolphus e Kerina escreveram as notas que estamos procurando sobre Filactérias.
  • Alguns pathfinders (Durvin Gest, Selmius Foster, Gregaro Voth, e Kerina Napsunar?) vieram da Expansão Mwangi (!) para cá e fizeram algum tipo de pacto (com quem? para que?)
  • Os registros de Durvin foram retirados da biblioteca recentement (uns 2 anos atrás), por Bjam Orlavi
  • Alguma coisa sobre registros de Adolphus que detalham as pesquisas no Nexus sobre Filactérias (é isso que foi roubado?)
  • Alguns registros foram roubados (os do Adolphus?). Nesse mesmo dia em que chegamos, talvez algumas horas atrás.
  • Deixaram uma armadilha, quando Millie encontrou a nota (esqueci o conteúdo...) estátuas tomaram vida para nos matar. Normalmente os tutores arcanos é que sabem dessas estátuas.
  • Alguma coisa sobre uma lenda obscura de como o lich foi capturado por um grupo de aventureiros de uma raça incomum para a população local.

Quando terminamos tudo que achamos possível descobrir, vamos atrás de informações sobre Bjam e/ou as estátuas. Aparentemente as duas coisas estão conectadas. Bjam e a irmã (Zeynap?) foram as pessoas que retiraram os registros. Eles queriam mais registros, mas não tinham dinheiro para pagar pelas copias (ou pelo acesso?). Também foi um casal que conseguiu informações com os Tutores Arcanos para preparar as estátuas, e pareciam alquimistas. O pai de Bjam e Zeynap tinha um apotecário (desejo de cura) que fechou há algum tempo e em alguns meses vai ser derrubado para dar lugar a uma outra construção para a cidade.

Seguimos para o endereço do antigo apotecário. Parece abandonado, mas há claros vestígios da da passagem recente de pessoas. Seguimos para dentro do prédio onde notamos que também há indicações que está sendo limpo com frequência. Encontramos uma escotilha e seguimos. Eu vou na frente para procurar armadilhas, apesar de nunca ter muita sorte em encontrar coisas em prédios e construções urbanas.

Delgas Travelfoot

Como o mundo é gigantesco, não é mesmo? Tenho apenas 22 anos e sei muito bem que ainda existem várias coisas para serem descobertas por aí, uma delas foi quando eu li os livros da biblioteca da cidade de Nexus. Como escreve diferente o povo daqui: Uma linguagem simples, concisa, explicativa, não há floreios desnecessários, nem palavreados esotéricos aos quais eu estava acostumado lendo os livros que me eram disponíveis em Refúgio. E pensando bem, creio que devo escrever assim também, afinal de contas, como poderei compartilhar conhecimento com as pessoas claramente intelectualmente limitadas como o Sr. Gazu ? Não que eu tenha algo contra ele, veja bem, todos temos pontos forte e fracos, ele é bom em dançar e cortar coisas, já no resto se ele for medíocre é um grande avanço! Embora ele seja um sujeito até que carismático, confesso que ele por vezes é meio exibido, o que inevitavelmente lembra o meu irmão Pláguas, que também era exibido, e que também me pôs na cadeia!

Mas enfim, partindo para o que interessa, lembro-me de começar conversando com Ixil'lianos, foi nos explicado quem era os responsáveis pelo sonhos da capitã e era evidente o sentimento de arrependimento após ter sido deixado claro que talvez os sonhos foram o motivo principal do Lich ter sido atraído. Após nos lamentarmos foi nos orientado a ir para a biblioteca local como forma de aprender sobre as filactérias, também foi me entregue um frasco cristalino super frágil ao qual deveria conter a cura para a mazela, digo, doença da Cpt. Eleonor.

Na biblioteca é onde pude ter um contato com a escrita desse povo felino que tanto me intriga, mas comentar isso mais a fundo tomaria tempo demais e pretendo ser rápido aqui. É digno de nota que após Millie achar uma nota secreta fomos atacados por estátuas animadas por uma runa mágica que foi ranhurada na parte detrás da cabeça, mas acabamos com elas com certa facilidade, parte pelo machado de Millie e a outra pelas minhas bombas, embora o grupo como um todo colaborou bastante também. Ah, eu lembro que... não, não seria prudente escrever o quanto me encantei pela biblioteca e sua arquitetura, isso tomaria tempo demais.

Pelo que estou vendo, Kirel foi competente em anotar os detalhes, então vou focar apenas nos que provavelmente eu tenha maior conhecimento, como por exemplo a estranha conclusão que eu cheguei após por o princípio da falseabilidade em pratica ao qual indicava um resultado completamente diferente do que era esperado no que se tratava da idades das pedras filactérias. Eu e meus colegas ficamos muito atôni- digo, confusos com isso e com certeza gastaremos mais tempo tentando compreender esse mistério.

Sabe, enquanto eu escrevia, revi as anotações de Kirel e achei elas tão pontuais que senti que pouco poderia contribuir, se me permitirem, gostaria de utilizar esse papel que nos é dado pra este registro como forma de poder anotar minhas teorias alquímicas (é verdade que eu tenho um diário, mas ele só serve pra anotações rápidas cotidianas) em minha língua natal, já que o conteúdo dessas teorias seria por demais complexo para todos vocês e talvez os levassem a exaustão mental. Portanto, termino minhas notas aqui para não ser redundante e fazer meus companheiros perderem o tempo que nos é muito precioso. Agradeço a vocês a leitura até aqui e que Sarenrae abençoe a todos!

[Escrito em Halfling] Achei que pouco poderia contribuir porque me sinto um pouco sobrecarregado e estafado pelos acontecimentos. Por vezes revejo minhas notas em busca de informações úteis, mas uma fadiga mental pungente me ataca todas as vezes que eu ouso formar alguma frase com elas.

Como já não vejo utilidade prática pra escrever porém sinto que devo usar esses registros como forma de expurgar o que me impele mentalmente, escreverei em minha língua nativa ao qual julgo que ninguém saberia ler, dessa forma, terei a privacidade para explicitar meus pensamentos mais íntimos, como uma espécie de diário.

Hoje de manhã me peguei lembrando-me de uma antiga história que se conta aos alquimista de nível intermediário:

"Era uma vez uma antiga vila pequenina e singela, repleta de camponeses igualmente pequeninos e singelos. Para eles, a vida era trabalho e nada mais. De repente, chegou na vila um Alquimista, igualmente pequenino porém nada singelo. O povo local a principio achou-o muito estranho e não gostavam de conversar com ele por causa do seu jeito esquisito de falar e se comportar e quando o estrangeiro ousava comentar alguma coisa de sua especialidade era repreendido instantaneamente, sendo assim, o Alquimista achou por bem entrar em reclusão. Entretanto a vila era constantemente atacada por uma criatura peluda e horrenda que devorava os pequeninos, o cientista alquímico pegou os pelos que a criatura soltava e descobriu que se tratava de um lobisomem ao qual como todos nós sabemos é vulnerável a armas de prata. Animado para contar sua descoberta convocou todos no centro da cidade para explicar a boa nova, porém os singelos habitantes em sua ignorância acharam um ultraje sua conclusão, assumindo que se tratava de uma piada de mal gosto por não compreenderem seu raciocínio trataram de lincha-lo ali mesmo." Devo dizer que obviamente na próxima lua cheia o Lobisomem veio com um bando dessa vez e erradicou toda a vila.

O que essa história (que percebo agora ser meio simplista) tenta exemplificar é o paradoxo do Alquimista: Quanto mais se sabe, menos parece ser capaz de compartilhar. Por que menos as pessoas poderão nos compreender conforme nossos conhecimentos ficam cada vez mais complexos e esotéricos. E pela minha experiência própria eu sei que as pessoas não gostam de sentir que não são capazes de entender algo. Isso não se aplica a magia entretanto, nunca se espera conclusões lógicas sobre a magia. A Magia é aquela que não entendemos porem toleramos e até temos fascínio, já a alquimia...

As vezes miro-me pro meu grupo e não vejo alguém em que poderia discutir os assuntos de meu interesse científico. Olho pra Kirel e sei que posso falar sobre biologia, mas ela tem uma visão muito naturalista das coisas. Olho pra Khaladur e sei que com ele posso discutir religião, talvez sobre armas e armaduras também. Olho pra Gazu e só me salta aos olhos sua espécie, pois o fato dele ser um espadachim primoroso pouco me anima, o mesmo pode ser dito de Lift, que não é espadachim embora suas propriedades mágicas me intrigam. Por fim olho pra Millie, ela é a unica que consigo ver olhos-nos-olhos e não de baixo para cima, mas fora essa semelhança, só me encanta seu machado destruidor.

Será que um dia eu vou descobrir algo que não me será permitido comentar pelo meu próprio bem, assim como aconteceu com o alquimista da anedota? Bem, de qualquer forma, sinto-me mais leve, com certeza terei mais animo a partir de agora! [Escrito em Halfling]

Expedição 21-B 19-21 de Arodus, 4720 AR (02 de Setembro de 2020)

Quando partimos em direção a floresta a oeste. Encontro com Leila, a Pixie. Embate com o exército de esqueletos. Conversas na fogueira, e a chegada ao Nexus.

Exploradores: Delgas, Gazu,Khaladur, Kirel, Lift, Millie

Delgas Travelfoot

Bem, o que posso falar? Na realidade, nada, afinal estou escrevendo. Enfim, após as tragédias anteriores, resolvemos nos recompor e partir rumo à oeste onde encontraríamos uma floresta, suposta moradia de Ixi...Ixi... Qual era o nome do honorário ser mesmo? Droga! Me esqueci por hora... O pessoal daqui gosta de um nomes impronunciáveis, hein? Para efeitos de comodidade me referirei ao nobilíssimo Quetzalcoatl (mais um nome complicado!) apenas por Ixi já que consultar nos anais tomaria-me tempo e eu gostaria de ser o mais enxuto nesse texto, percebi que tenho o mal costume de enrolar-me por demasiado e talvez isso faça com que meus aliados percam o interesse em ler esses manuscritos.

Bem, aonde eu estava mesmo? Ah, sim, nós partimos rumo a oeste e o caminho foi deveras... agradável? Bom, tivemos empecilhos no caminho, como quando nós estávamos em uma floresta que ficava a caminho e então nos deparamos com uma simpática Pixie cujo nome creio que nem ao menos foi perguntado e se foi perguntado lamento não me lembrar, mas ela clamava a nossa ajuda e nós, seres de benignidade e caráter altruísta, resolvemos acatar seu apelo. Aparentemente o causo era que havia uma espada de aço frio (altamente letal contra fadas!) fincada numa árvore, observando mais atentamente observei que ela desafiava a biologia no momento em que percebia que criara raízes por demasiado grandes para uma planta daquele porte. Suspeitei então na minha dedução lógica, ao qual eu referi aos meus companheiros como mera "intuição" para eles não se assustarem com minha sapiência e alta capacidade cognitiva, que a espada possuía caráter vampírico no sentido de parecer absorver a vitalidade da árvore, Gazu com toda a sua altivez e coragem voluntariou-se para retirar o artefato. Eu, ser de lógica que sou disse ao meu afável colega, caham, "Nobilíssimo, creio que o ato de pegar este objeto de caráter duvidoso pode te acarretar em consequências tenebrosas! Está certo de que pegar esta espada com suas preciosas mãos nuas constituiria em um atitude sensata?" e, eu acho que ele me respondeu, "Eu não ligo!" . Bem... Deve ser algo cultural, não sei. Enfim, Kirel, ser de sensatez, achou de agrado ser mais cauteloso e fez um trabalho de contra magia deveras competente e então nosso amigo aviário pode pegar a espada aparentemente sem consequências ruins...

Note que eu disse "aparentemente", pouco tempo depois a espada amaldiçoada voltou a ter sua complicação ativada de novo e nosso amigo penudo foi então acometido por uma maldição que basicamente constituí em ele ter uma fome voraz que "aparentemente" não se aplaca nunca! Eu, homem da ciência e de muita fé, fui incapaz de observar essa curiosa anedota sem levantar algumas questões internas:

— A fome dele é como se seu estômago fosse um saco infinito ou ele tem um limite do quanto pode consumir? — Supondo que seria a primeira, ele seria também capaz de comer coisas não comestíveis, como pedras, por exemplo? — Supondo que ele seria capaz de comer pedras e que seu estômago fosse do tamanho do infinito, poderia ele comer uma montanha inteira, se tivesse tempo? — E talvez a mais importante: Essa fome irá se desenvolver em canibalismo? (espero que não!)

Enfim, assuntos glutônicos a parte, partimos em direção ao nosso destino, aparentemente tudo chuchu beleza até que nos deparamos com um grupo de uns 40 esqueletos na entrada da floresta, esqueletos da casta mais xexelenta, eu diria. Meu amigo Khaladur e Eu, como crentes em Sarenrae, obviamente não vimos isso com bons olhos e logo nos prontificamos para acabar com esta afronta a vida e os bons valores! Todos do grupo foram em direção aos mortos-vivos com fúria e sagacidade memoráveis! Mas o grupo de defuntos estava munido de flechas que nos saraivaram muito antes que estivéssemos no alcance deles e pudêssemos então destruí-los, eu mesmo fui alvejado varias vezes! Mas obviamente tendo inteligência recuei e me curei para que depois pudesse voltar a batalha e responder a saraivada de flechas com minha saraivada de pedras mostrando todo o poder de fogo da artilharia Halfling! Millie então pois fim aos malditos com seu machado feroz!

Ah, é, me esqueci de um detalhe importante, Kirel, como já dito anteriormente ser possuidora de uma sensatez imensa, aparentemente também é uma estrategista mais que competente e fez uma parede de espinhos para separar o grupo e facilitar nossa peleja. Sua sabedoria foi tão imensa que ela com certeza deve ter levado em conta que o exército de mortos-vivos possuí a inteligência de um cavalo (engana-se quem acha que o burro é burro mesmo) e seguiria avançando contra os espinho tomando perfurações consistentes e por fim quebrando em vários pedaços! Isso com certeza nos deixou aliviadíssimos! Parabéns, Kirel, fostes abençoada com sabedoria naquela hora!

Adentrando mais a floresta, ficamos uns dias a percorre-la, nesse ínterim fomos conhecendo um pouco mais sobre os outros e eu revelei ser ex-presidiário, espero que eu não tenha intimidado meus colegas com essa revelação chocante, mas eles parecem ser barras-pesada também, então devo ter passado batido. Khaladur notou que o povo felino Chi ( é assim que escreve ou se escreve "Xi"?) (Nota do GM: Shee) estava nos observando, talvez estavam checando nossas intenções, avançando mais a oeste houve um tempo em que nossas Wayfinders começaram a apitar e de repente nos deparamos com a magnânima estrutura piramidal que parecia ser a residencia do Sr. Ixi. O honorável ser em pessoa mostrou-se para nós e nos deu as boas vindas. Devo confessar que poucos seres me provocaram fascínio como este adorável Quetzalcoatl. Bem, agora só nos resta saber o que faremos daqui para frente!

P.S: Puxa vida, jurei que não ia escrever muito e acabei escrevendo por demasiado, mil perdoes, colegas!

Kirel

Hoje partimos em busca da tal cidade dourada. Não temos muitos detalhes específicos sobre a localização do local, exceto pela indicação da floresta ao sul das montanhas. Seguimos pela beira do rio curvio. Havíamos acabado de montar acampamento quando fomos interrompidos por uma Pixie chamada Leila (?) pedindo ajuda, seguimos a pequenina, meio desconfiados (afinal, nunca se sabe o que é real e o que é uma brincadeira com as fadas), até o local onde uma espada de ferro frio se encontrava fincada numa árvore morta.

Apesar da insistência de Gazu em agir, levamos algum tempo analisando a situação. Parece claro para mim que a espada tem algum tipo de maldição que levou à morte da árvore e embora eu não saiba muito sobre maldições, imagino que exista algum gatilho para iniciá-la, algo simples o bastante para ter amaldiçoado a árvore na qual ela estava fincada. De qualquer forma, concentro energia primordial em volta da espada, suprimindo suas propriedades mágicas. Khaladur parece sugerir que o receio em tocar a espada amaldiçoada seria algum tipo de covardice, talvez ele esteja certo, mas a sabedoria do meus mestres me ensinou que tudo tem seu lugar e a bravura pela bravura só leva à morte. Gazu toma a espada e parece concluir que a supressão da magia significa que ele estava correto. Eu decido deixar que ele siga seu orgulho e fique com a espada, cabe a ele a escolha de ignorar os avisos.

A pixie nos agradece. Millie quer levar a pobre criatura conosco… a anã ama com uma intensidade cativante, mas ainda não aprendeu a deixar a vida das criaturas seguir seu próprio curso. Tento dizer alguma coisa, mas sinto que ela precisa viver suas próprias lições. A pixie recusa o convite de Millie e seguimos viagem.

No dia seguinte descobrimos o efeito da maldição: Gazu sente uma fome insaciável e seu corpo parece incapaz de absorver qualquer nutrição das suas refeições. Ele admite que talvez devesse ter tido mais cautela, mas parece decidir seguir caminho novamente e ignorar os efeitos da fome. Eu tento me lembrar se conheço alguma magia para levantar maldições, mas nada vem à mente. Não acho prudente ignorar o problema, mas também não consigo pensar em nada que possa ser feito no momento.

Continuamos nossa jornada até a beira da floresta, que está guardada por um exército de mortos vivos. Khaladur parece ter feito um juramento para destruir esse tipo de criatura que o impede de passar sem enfrentar o exército, penso que esse tipo de juramento pode ser perigoso, mas concordo que se pudermos destruir essas criaturas, isso seria melhor. Alguns de nós (eu inclusa) acabam muito machucados pelas flechas, mas ao final conseguimos derrotar os esqueletos.

Seguimos pela floresta até que finalmente a cidade dourada se revela para nós. As pedras das nossas wayfinders brilham segundos antes disso acontecer e eu me pergunto se uma outra pedra como aquela do poço de refúgio existe nessa cidade, elas parecem proteger uma região dos olhares externos e talvez possamos usar nossas bússolas para voltar para esse lugar rapidamente como fazíamos no vilarejo. Somos recebemos por Ixil'lanos, que parecia estar esperando por nós.

Expedição 21-A Wealday, 18 de Arodus, 4720 AR (25 de Agosto de 2020)

Quando o apocalipse zumbi aconteceu em Refúgio

Exploradores: Delgas Travelfoot, Gazu, Khaladur, Kirel, Lift, Millie

Kirel

Muitas coisas aconteceram desde a minha última entrada, mas nenhuma mais relevante do que o ataque de Tsok'zul a Refúgio. Os exploradores e eu estávamos nos preparando para a 21 expedição quando o Lich atacou o vilarejo com o seu exército de mortos vivos. A criatura claramente sabia o que estava fazendo e veio com o claro objetivo de destruir a pedra do poço. Infelizmente ele foi bem sucedido e nenhum de nós conseguiu desferir qualquer ataque que fosse capaz de causar sequer uma arranhão em Tsok'zul. Nós conseguimos manter o resto dos mortos vivos sob controle, na maior parte, mas infelizmente não conseguimos agir a tempo de evitar a morte do Tenente Rupert. Agora, depois do acontecido, é difícil separar as memórias desse ataque das lembranças dos ataques ao vilarejo da minha tribo e eu vejo agora no olhar dos habitantes de refúgio o mesmo medo que vi há anos atrás nos olhos dos meus irmãos e a apreensão de não poder confiar na segurança de seus lares.

Depois do ataque na cidade, nós seguimos gritos até a loja da sociedade pathfinder onde algumas criaturas pareciam ter um outro objetivo: acabar com a vida da capitã Eleonor. Nós conseguimos salvá-la no final, mas não sem o heróico sacrifício de Raz, que deu sua vida para proteger a capitã. Eleonor conseguiu se manter consciente por tempo o bastante para nos contar das visões que teve e de um povo felino, da mesma raça do recém chegado Lift, que talvez tenha as respostas para lidar com eventos que estão se desdobrando na região. Decidimos partir em busca da tal da cidade dourada e de respostas, para talvez interromper quaisquer que sejam os planos de Tsok'zul.

Quando eu sai da minha terra natal, acho que eu esperava que meus pés me levassem a uma terra de menos conflitos onde os mistérios da natureza fossem o maior desafio a superar, mas talvez não seja tão fácil evitar as guerras geradas por tiranos com sede de poder. Conforme as lembranças da tragédia desse dia se acomodam na minha mente, eu tento me lembrar dos ensinamentos de Gozreh: A tempestade também passa...

Delgas Travelfoot

Mais uma vez estou eu aqui escrevendo. Rapaz! Quantas coisas aconteceram nesse meio tempo, bom, talvez nem tanto pra mim que só ajudei o ferreiro a reparar algumas coisas, me ajudou a matar o tempo sabe? Enfim, estávamos indo para nossa 21ª Expedição quando de repente começamos a ouvir gritos no centro da vila, quando chegamos lá vimos uma cena pavorosa, inúmeros mortos-vivos e no meio deles, pasmem, um Lich! O Nome deste indivíduo seria Tsok'zul (por que cargas d'água esses necromantes adoram nomes complicados de se pronunciar?) e ele era horripilante. Ele começou a se concentrar para quebrar os cristais da vila e, embora meus colegas tentassem, ninguém logrou exito em sequer arranha-lo. Um ser deveras além das nossas capacidades.

Combatemos os morto-vivos e ajudamos os vilões (não, não me refiro aos vilões malvados e mau-encarados, são só os que residem em um vila!) a escaparem, felizmente conseguimos sobrepuja-los mas o tenente Rupert acabou por falecer no processo, nunca fui íntimo dele, mas acho que ele merece minhas condolências. Após vencermos esta peleja, começamos a ouvir gritos vindos da Loja da Sociedade Pathfinder, isso claramente nos alardou e então fomos em busca de resolver este empecilho, quando eu cheguei lá já haviam pessoas no local (não espere que eu seja o mais rápido da turma, correr com essas perninhas de Halfling é difícil, poxa!) e conforme eu fui entrando eu me deparei com o que eu pensava ser um inimigo, mas era só uma estátua feia de péssimo gosto que algum boboca achou legal de por ali, tomei o maior susto! Mas quem dera fosse apenas isso, achando que não poderia piorar adentrei mais ao local me deparei com um ser sinistro, uma aparição fantasmagórica com vestes rotas de cor rubra, em sua face só haviam dois olhos luminosos de um vermelho alaranjado semelhante a brasas de uma fogueira (ou eram só laranjas mesmo?) que com sua fria mão fantasmagórica atacava meus companheiros e sugava-lhes a vitalidade!

Eu, quando não estou acreditando que somente a ajuda divina irá resolver meu problema, apelo então para a ciência, só Sarenrae sabe o tanto de ácido que foi jogado naquela criatura que parecia ter uma resiliência etérea impressionante, nossos golpes pareciam atravessa-los de forma semelhante a quando um guerreiro com sua espada resolve "cortar" a água! Felizmente sua capacidades regenerativas foram mitigadas pelo meu ácido e a competência dos meus colegas de expedição deu por fim a vida ou pós-vida desta criatura esquisita.

Pela minha leitura da situação, isto é, se eu não estiver me equivocando, aquelas... Criaturas... Que... como eu poderia definir... Espectros? Sim! Espectros! Estavam tentando dar um fim na vida da nossa queridíssima capitã Eleonor que se encontrava num estado doentio de alta febre praticamente o mês inteiro. Felizmente conseguimos salvar a vida dela, mas nosso estimado amigo Raz teve que se sacrificar para fazer isto. Hoje o dia foi de sacrifícios pelo visto... Ah, e se não me engano, o Wayfinder da capitã foi entregue ao nosso peludo amigo Lift, que ainda me deixa curioso sobre sua biologia e sociedade.

Céus, quando eu cheguei nessa ilha eu só pensava em arranjar dinheiro para pagar a minha fiança e reencontrar minha família... Mas agora isso aconteceu e creio que seja meu dever ajudar nessa hora, é o que qualquer adepto de Sarenrae faria, não é mesmo? Eu estive lendo bastante nesses tempos antes disso acontecer, digamos que a leitura me fez enxergar as coisas de uma forma mais... Científica, talvez? Enfim, sinto que meu vocabulário se enriqueceu por causa disso, só espero que meus companheiros não me acusem de hermetismo por usar alguma palavra de difícil compreensão.

P.S: Hey, Kirel, você usou alguma das poções de cura que eu lhe dei? Caso não, você, hum, bem, poderia me devolver? Pra falar a verdade, pode ficar com você, elas são destruídas depois de 24 horas de qualquer forma.

P.S²: Hey, Khaladur, se você estiver precisando de um reparo na armadura pode contar comigo, hein? Que Sarenrae lhe abençoe, estimado campeão!