Registro de Aventuras
Este é o Registro de Aventuras. Para cada aventura que você e seu grupo fizerem, adicionem um parágrafo como o modelo abaixo:
Data em Jogo (Data Real)
Personagens que estavam na missão.
Nome
Resumo dos acontecimentos. Novos aprendizados ou descobertas.
Coloquem novas anotações acima das mais antigas: vamos manter isso em ordem cronológica inversa: fator mais recentes em cima, mais antigos embaixo.
31 de Arodus - 2 de Rova, 4720 AR (20 de Outubro de 2020)
Quando o povo de Refúgio é recebido em Nexus
Exploradores: Delgas, Gazu, Kirel, Lift, Millie
Kirel
31 de Arodus. Nascente das Naiads. Depois de derrotar a rainha em combate discutimos com o grupo e decidimos ir até o lar das Naiads investigar a possível fonte da corrupção. Exploramos o local e finalmente encontramos um objeto no fundo da nascente: um escudo com uma boca faminta. Claramente um objeto de Rovagug. Recuperamos o escudo e guardamos no espaço dimensional da manga de Lift.
Trazemos a rainha de volta. Ela está envergonhada e se desculpa por suas ações, expressando sua gratidão por termos nos livrado do objeto. Depois de conversar com a rainha, algumas coisas que aprendemos:
- As Naiads não se lembram como o escudo foi parar lá. Mas ele não estava lá primeiro e depois apareceu. Ela se lembra de ele caindo dentro da água, mas não quem ou como ele veio parar aqui.
- O dragão está na montanha, ele mora lá, não é muito antigo. Há 50 invernos que ele veio para esse local.
Decidimos acampar no local pela noite. Delgas e Gazu pressionam a rainha para nos dar uma recompensa apesar dos meus protestos. Aparentemente não há recompensa para eles em simplesmente ajudar as pessoas; ou em preservar a fonte da água que eles bebem...
A noite passa sem maiores incidentes, mas aparentemente alguma coisa aconteceu com Khaladur, levando-o a decidir abandonar a expedição, Refúgio e nossa missão para ficar nesse lugar e proteger as Naiads. Por um minuto eu tenho certeza que ele deve ter sido enfeitiçado pela Naiad, mas não consigo detectar nenhum efeito mágico no campeão. Ainda assim, não parece alinhado com o comportamento normal de Khaladur que ele abandone a missão pela metade ou ainda que ele desista de procurar o necromante… Delgas diz que isso é uma paixão… mas não faz nenhum sentido para mim.
1 de Rova. Jornada na floresta. Partimos na manhã seguinte e adentramos a floresta. Tentamos evitar distrações no caminho e focar em levar o povo de Refúgio em segurança até Nexus. No meio do caminho encontramos um filhote de urso coruja. Como a maioria dos filhotes ele é adorável, mas provavelmente se tornará tão selvagem quanto qualquer outra criatura da sua espécie quando crescer. Sei que Millie vai querer cuidar da criatura. Não acho que isso seja uma boa idéia, mas deixo que ela decida se está disposta a tomar para si a responsabilidade sobre a vida do filhote (e do que ele venha a causar estando com ela). Não tenho certeza que Millie realmente entenda o que significa responsabilidade…
No caminho encontramos algum tipo de construção elfica. Algumas pedras altas com inscrições que parecem contar alguma história relacionada a Rovagug. Vemos também um símbolo que parece uma moeda com duas faces. Ninguém reconhece a imagem.
Enquanto tentamos decidir o que fazer uma Árvore desperta se aproxima de nós. Seu nome é galhardo. Ele nos avisa que esse local é território de um tiranossauro e aparentemente uma forma de evitá-lo seria reproduzir o cheiro da sua urina. Decidimos não nos arriscar no território do dinossauro e seguimos o caminho, acampando no território das mantícoras.
2 de Rova. Chegada em Nexus. Seguimos no dia seguinte após um descanso merecido. Lift e Gazu reparam numa marca estranha numa árvore. Uma mensagem, em comum com um mapa do pântano cravado com alguns pontos marcados: Hidra, letra G, letra F. Parece ter sido feito há muito tempo com a intenção de durar muito tempo. Fazemos uma cópia do mapa do pântano e seguimos viagem. Ao final do dia, chegamos em Nexus.
No local conhecemos Menthos, o Druida que havia sido enviado para representar as 4 ordens e o atualizamos sobre o que descobrimos dos itens de Rovagug. Ele nos avisa para evitar de manter os itens no mesmo lugar por muito tempo, ou evitar deixá-los juntos. Imaginamos que seja mais seguro manter esses itens nos espaços extradimensionais.
Nesse mesmo dia Ixil'lanos nos convida para um jantar com seus convidados. Ao final, Alyara parece muito interessada nas nossas aventuras e nos diz que se precisarmos de alguma coisa ela pode nos ajudar a conseguir algum desconto nos itens que precisarmos comprar na cidade.
No dia seguinte Eleanor nos procura. Ela está muito empolgada com a ideia de explorar os conhecimentos da biblioteca, mas também nos diz que está impressionada com o resultado das nossas explorações e nossa cooperação. Ela oferece de nos iniciar oficialmente como membros da Sociedade Pathfinder.
Delgas
— Meus amigos foram nadar até o fundo do rio para ver se conseguiam achar alguma coisa.
— Me pergunto se essa corrupção contaminou a água, mas ela parece ser água mesmo...
— Havia um escudo feito a base de ferro-frio com uma bocarra no escudo, aparentemente ele emite uma raiva incontrolável a quem a usa.
— Após a retirada do instrumento, a corrupção foi cessada e nossa amiga Naiade conseguiu restituir suas faculdades mentais.
— Khaladur resolveu ficar com as Naiades, uma grande pena, mas entendo ele. Ele é um campeão do amor, também!
— Encontramos um buraco cheio de teias, eu queria botar fogo, mas Kirel falou que botar fogo na casa da pessoas é errado. Ela tentou fazer um relativismo com tocas de Halflings, mas eu acho que ela falhou, seus argumentos eram cheios de falácias e que fique registrado aqui que independente do que ela alegue, ela esta errada!
— Encontramos um Urso-Coruja filhote, Millie disse que ela iria cuidar, eu tenho interesse em ver como essas criaturinhas tão fofas crescem e viram aberrações naturais.
— Os companheiros animais da nossa Bárbara e da nossa Druida aparentemente não se bicam com o filhote de Urso-Coruja. Entendeu? Eles não se bicam! Ha! Porque todos são aviários... uns mais outros menos...
— Tem um monólito com escrituras em élficos, aparentemente é uma alegoria sobre Rovagug. Que mal, Rovagug chegou até nos Elfos! Também havia um símbolo da cabeça de uma mulher espelhada com as duas faces diferentes, uma era um rosto normal e o outro se assemelhava a uma máscara.
— Uma grandiosa árvore veio junto com um passarinho que age como um tradutor, ele me explicou e deu detalhes sobre uma criatura de braços curtos, bocarra cheia de dentes e aspecto réptil... Claramente confirmo por essa descrição que ele está se referindo ao Tirano-Cotoco.
— Por que a Kirel não gosta da ideia de se cobrir de mijo de Tirano-Cotoco?
— Encontramos o símbolo da estrada aberta numa árvore, e as iniciais do Sr. Grumpus F. um dos fundadores da sociedade Pathfinder.
29-31 de Arodus, 4720 AR (13 de Outubro de 2020)
Quando levamos o povo de Refúgio até a entrada das montanhas.
Exploradores: Delgas, Gazu, Khaladur, Kirel, Lift, Millie
Kirel
28 de Arodus. Jornada até o Farol. Depois da difícil batalha contra os espectros, descansamos e nos curamos por uma hora antes de seguir viagem. Sem mais problemas nesse primeiro dia. Durante a noite quando estou de guarda noto brilhos no mar ao sul: algo grande, bastante distante e provavelmente dentro da água. Me pergunto se seria algo na cidade da sereia, mas não há nada que possa fazer no momento, deixo para contar aos demais pela manhã.
29 de Arodus. Jornada até Fungilla. Partimos pela manhã e o dia segue sem incidentes. Em Fungilla os leshys nos contam que embora os Ughar estivessem bastante ativos na região quando os mortos vivos apareceram, recentemente eles não foram visto perto do território dos Leshys. Talvez estejam patrulhando outros territórios. Me pergunto se deveríamos ter feito mais para tentar nos aproximar desse povo, mas não há nada que possamos fazer agora. Espero que estejam bem e que estejam conseguindo proteger seu povo e sua terra.
30 de Arodus. Jornada em direção às montanhas. Novamente partimos pela manhã. Nossa primeira perda, um jovem no grupo de Lift infelizmente morre envenenado. Encontramos um lugar para descansar pela noite, nada parece seguro nessa região. Quando acordo para minha vigia sou informada que Khaladur deu cabo de alguns esqueletos e Ghouls tentaram roubar o corpo do rapaz que morreu. O Padre e algumas pessoas passam o resto da noite enterrando o que restou do corpo. Sam os ajuda. Nada mais acontece.
31 de Arodus. Chegada nas montanhas. Seguimos nossa viagem. Sam parece distraído, mas seguimos o dia sem baixas. Chegamos perto da nascente do Rio Curvio e vemos ao longe o dragão vermelho voando em direção à entrada da mina. Debatemos sobre o que fazer e resolvemos enviar Lift e Delgas como batedores. Eles vem o dragão conversando com os anões. Parece que fizeram uma oferenda para ele (um jovem grifo), mas o dragão não estava feliz. Infelizmente ninguém entende dracônico para saber o teor da conversa. Quando o dragão adentra a montanha decidimos tentar apertar o passo e cruzar o rio antes do dia seguinte.
Aos nos aproximarmos da nascente do rio e da cachoeira noto algo de errado. Fecho os olhos, me concentro. Tem algo de errado no ar, o mesmo cheiro de corrupção que sentimos quando encontramos as árvores na floresta. Esse também era um dos pontos marcados no mapa que encontramos.
Millie e Gazu vão na frente investigar e encontram um grupo de Naiads na nascente. Aparentemente há algo estranho com a rainha. Eles retornam, tentamos debater o que fazer mas antes de decidir somos atacados pela rainha. Conseguimos vencer o combate sem matar a rainha, mas temos que decidir o que fazer.
Durante o combate eu tentei desfazer o efeito que havia sobre a rainha, mas parece ser algo além das minha capacidades mágicas. Talvez se eu preparar uma magia no máximo do meu poder para tentar desfazer esse efeito, mas isso se ficarmos aqui até amanhã.
Sinto meu coração dividido. Gostaria de tentar resolver esse problema e livrar o rio dessa corrupção, gostaria de tentar manter a rainha viva no processo. Mas tudo isso talvez leve mais tempo e mais tempo significa mais riscos para o povo de refúgio. Me lembro das palavras de Adaeze quando iniciei meu treinamento: "às vezes as necessidades do seu vilarejo serão diferentes da necessidade da natureza, e você vai precisar escolher…". Meu vilarejo acabou e em parte acho que vim para esse continente esperando não ter nenhuma conexão com qualquer povo, mas não consigo deixar de me importar com o povo de Refúgio…
Delgas
— Começamos atravessando a ponte.
— Paramos por uma hora para nos curar.
— Que tédio, todo mundo se curando e eu aqui fazendo nada, acho que vou fazer isso aqui: Eu não vou errar no cálculo de dificuldade da próxima vez, eu não vou errar no calculo de dificuldade na próxima vez, eu não vou errar no calculo de dificuldade na próxima vez, eu não vou errar no calculo de dificuldade na próxima vez, eu não vou errar no calculo de dificuldade na próxima vez...
— Khaladur e ficamos de ronda, felizmente nada aconteceu.
— Chegamos em Fungilla, o pessoal nos recebeu com nozes e frutas secas. Bem, eu não esperaria se eles nos dessem cogumelos...
— Um dos nossos jovens morreu por causa de um cogumelo envenenado, isso é triste por demasiado, nosso objetivo era 0 morte, chegamos quase na metade do caminho e isso já não é mais possível, a não ser que alguma deidade resolva ressuscita-lo e não seja uma maldosa e necromantica.
— Khaladur foi contra 10 esqueletos, aparentemente xexelentos, mas nunca se sabe quando eles são monges disfarçados vindos de Jalmeray.
— Encontramos aquele Dragão Vermelho, ele não é o maior Dragão Vermelho que tenho conhecimento, mas sinceramente eu gostaria de ter conhecimento da existência de nenhum.
— Nunca pensei que iria ver um dragão vermelho tão de pertinho, é um monstro horroroso tão quanto se não pior que os da literatura. Se um bicho desses dá medo só de chegar perto, quem é o louco de enfrentar um? Agora entendi porque foi necessário 100 cavaleiros para vencer o dragão, 99 morreram urinando nas suas ceroulas e o único corajoso venceu porque o Dragão Ancião já era velho e entendiado e achou digno ser morto por ele!
— Em contrapartida, eu fui o primeiro dos Travelfoots que viram um dragão vermelho e sobreviveu pra contar a história!
— Tem uma Naiade corrompida no rio, vencemos elas e suas moreias, mas qual será seu destino?
26-28 de Arodus, 4720 AR (6 de Outubro de 2020)
Quando investigamos um barco e espectros tentam sugar nossas almas.
Exploradores: Delgas, Gazu, Khaladur, Kirel, Lift, Millie
Kirel
Depois de derrotar os elementais que protegiam o barco aportado nas proximidades do farol, iniciamos a investigação do local, cientes de que as criaturas parecem ser re-conjuradas e talvez tenhamos menos de 30min antes de ter que partir ou engajar num novo combate.
Vamos para a cabine do capitão, onde o chão é tomado por desenhos feitos em giz. Gazu identifica se tratar de um mapa de Arcádia e nota 5 pontos marcados: um próximo ao vilarejo das Pixies; um próximo ao início da cadeia de montanhas; um ao sul da vila dos Hobgoblins e dois distantes, um ao norte e um ao oeste. Lift conclui que os desenhos estão relacionados a um ritual, que o mapa contém um estudo das leylines de Arcádia e que os pontos marcados são pontos de poder. O ritual parece ter como objetivo disseminar algum efeito mágico. Com a ajuda de Millie e Khaladur, depois descobrimos que os outros símbolos no local são antigas marcas religiosas de Rovagug.
Pelo resto da nossa exploração encontramos alguns items como uma armadura e algumas moedas que dividimos adequadamente entre o grupo. Notamos também uma runa do lado de fora do barco que parece estar causando a conjuração dos elementais. Destruí-la deve evitar que eles retornem, mas talvez danifique o barco.
Enquanto voltamos compartilho com os meus companheiros minha suspeita de que os vestígios que encontramos parecem estar relacionados ao alerta que recebi de Flaxe. Se as tais "armas de Rovagug" foram despertadas nos locais marcados isso faria sentido com o local na proximidade da vila das Pixies. Me pergunto se estão usando esses pontos para disseminar a corrupção de Rovagug na região… Mais do que isso, me pergunto se estão fazendo isso com o objetivo de libertá-lo. Espero que Gozreh traga sua fúria contra essa ameaça e penso no que posso fazer para ajudar a derrotar esse inimigo.
Retornamos para refúgio. No caminho notamos que há algo estranho acontecendo na ponte próxima ao vilarejo depois de encontrar dois mortos vivos guardando o local. Não entendemos exatamente o que isso significa, mas seguimos com esse alerta.
Passamos os próximos 2 dias esperando os preparativos da cidade para nossa jornada até Nexus.
Partimos cedo no dia 28. O céu está fechado com um chuva incessante. Me preocupo sobre se esse é um mal presságio e faço uma prece para Gozreh, espero que a chuva que nos envia seja para purificar o nosso caminho, não um sinal de sua insatisfação.
Chegamos perto da ponte. Khaladur se preocupa de que haja mais problemas. Ele está certo. Há três espectros guardando o local. Debatemos sobre lutar com eles ou retornar e voltar outro dia. Talvez seja a chuva ou o fato de que apenas preparei magias para viagem e não para combate, mas não me sinto confiante em seguir. Ainda assim, sigo a vontade do grupo e enfrentamos os espectros. Nem sequer me lembro de ativar minha tatuagem… talvez eu esteja muito desconectada dos costumes da minha tribo.
No final conseguimos derrotar os espectros, mas o frio do seu toque fantasmagórico ainda perturba minha mente… ainda assim, respiro fundo e junto minha convicção, me lembrando de que a vida e a resiliência da tríade pulsam em mim e foco em seguir adiante. A tempestade também passa.
Delgas
— Alguma coisa que ainda não sabemos parece estar reconjurando os elementais de água.
— Entramos no barco, existe uma mesa com velas e algumas coisas.
— Parece algum tipo de ritual... ou... o que seria?
— Gazu Encontrou um mapa.
— Eu e a Kirel tentamos procurar alguma coisa no Navio. Acabamos encontrando um Cash guardado no fundo do barril e um Padded Armor com uma runa e moedas cunhadas em Varísia.
— Kirel e Gazu Entraram na água e acharam uma runa que estão tentando destruí-la.
— Teorizei com meus companheiros sobre o motivo dessa runa, aparentemente a ideia de marujos que se renovam periodicamente para proteger o antigo barco é muito atrativa.
— A armadura tem uma runa de potência e uma outra que permite você vesti-la rapidamente. Me interessei por isso, acho que consigo transferir elas tranquilamente.
— Após maior investigação, Khaladur e Lift encontraram símbolos de Rovagug.
— Curioso, tinha dois Ghouls guardando uma ponte... Mas aí a gente acabou com eles. Fim da história!
— O Ferreiro Gadu dos Unhaverde quer deixar seu legado compartilhando uma fórmula. Ele aparentemente está acometido por uma doença de cunho mágico ainda não identificada
— Ainda me revolto com o Professor não ter pago o meu salário. Se bem que do jeito que ele é, é capaz dele ter esquecido... por uns 3 meses seguidos! Aposto que ele também "esqueceu" de pagar o pobre do Gadu! Ah, se eu pego aquele sovina desgraçado eu revogo a licença científica dele!
— Começamos a partir, e começou a chover. Bom sinal isso não é!
— Achamos Espectros guardando a ponte... iremos ataca-los com as nuvens fortes tampando os raios de sol ou esperaremos os raios solares chegarem?
— Foi uma luta parruda! Mas os adeptos de Sarenrae triunfaram! Bem, não foi um combate tão moderado assim, mas quanto mais difícil, mas prazeroso é a vitória!
[Em Halfling] Erros acontecem, todos nós erramos, mas quem tem o "direito" de errar? As vezes eu penso nas consequências dos meus atos, o que é o mínimo para qualquer intelectual que se preze. Confesso que ultimamente tenho cometido erros que prejudicaram meus companheiros, mas ele parecem ser tão compreensíveis que me perdoam facilmente, isso ou eles só tem problemas de memória mesmo.
Penso em Gazu, ele não tem o direito de errar, porque todos já admitem que em tudo que ele tentar que não seja algo marcial ele vai falhar e prejudicar a gente, o que eu de certa forma concordo, mas não posso deixar de achar isso uma condição triste. É horrível você estar num ambiente em que ninguém acredita no seu potencial.
Lembro-me da minha época de charlatão, eu era bom em lembrar de formulas, mas péssimo de falar com clientes, então me botaram recluso na carroça e acho que isso me prejudicou... eu não sou bom em falar com as pessoas, eu quis mudar isso recentemente mas as vezes penso que não tem mais jeito, eu vou ser esse inepto social pro resto da vida. Ainda penso naquele caso com o General Nexxar e no que eu, no desespero, quase fiz à refúgio.
De certa forma eu sinto inveja de todos, eu queria ter o carisma de Khaladur, a auto-confiança do Gazu, a coragem da Millie, a sabedoria de Kirel e a placidez do Lift, mas eu não tenho nada disso...
Mas pensando mais a fundo, eu também tenho o que "invejar", eu tenho conhecimento sobre inúmeros assuntos, sou bem articulado, conheço muitas histórias, sou atento aos detalhes, sei como misturar os elementos como ninguém! Teorizo sobre as coisas, a vida, a morte e muito mais! Quer saber, acho que agora finalmente compreendo, por mais que eu ainda seja jovem e cometa erros juvenis, ainda assim isso não exclui quem eu sou, isso não exclui minhas qualidades e é através delas que eu me encaixo nesse grupo, eu sou a peça que termina o quebra-cabeça, a mente pensante que cobre aqueles que não foram dotados de um intelecto. Sou Halfling, sou alquimista e acima de tudo, INTRÉPIDO! [Em Halfling]
24-25 de Arodus, 4720 AR (29 de Setembro de 2020)
Quando somos muito diplomáticos e tentamos garantir a segurança dos cidadãos de Refúgio.
Exploradores: Delgas Travelfoot, Gazu, Khaladur, Kirel, Lift, Millie
Kirel
Seguimos da vila das Pixies de volta para Refúgio. A cerca de 2 horas do vilarejo avistamos um destacamento de Hobgoblins. Depois de algum debate sobre o que fazer, decidimos que a melhor opção é tentar falar com eles. São soldados liderados por General Nexxar. Aparentemente eles falam a língua dos Goblins e antiga língua desse continente. Enviamos Delgas para negociar. O que ele nos reporta da conversa depois é que os Hobgoblins sabiam que havia presença humana na região, mas não a sua localização, porém com a chegada do "antigo" e dos mortos vivos a cidade apareceu, mas ele não está satisfeito com a presença dos mortos vivos.
Delgas aparentemente ofereceu o "exército" de Refúgio para eles o que faz com que eles se preparem para ir conosco para o vilarejo. Não sei o que pensar sobre essa "negociação"... Não acho que o nosso companheiro tenha feito isso com maldade, mas é difícil não sentir frustração por vezes com a falta de comparação que alguns membros do nosso grupo tem com o peso das suas ações.
Entre discussões sobre atacar o destacamento Hobgoblin para nos livrar das promessas de Delgas, consigo convencer o grupo a enviar Khaladur para (re)negociar.
Ainda não sei muito bem como me sinto em relação ao paladino. Ele tem boas intenções e parece ser uma pessoa de honra como se esperaria de sua tradição, mas suas palavras e ações são duras e inflexíveis e por vezes me lembram o comportamento daqueles que rapidamente concluíram que a minha tribo deveria ser vista como o inimigo somente porque aos seus olhos nos parecíamos demais com seus novos opressores.
De qualquer forma, tento apontar Lift como tradutor mas Millie acaba indo fazer esse papel - eu confio nela, mas às vezes tenho receio das consequências das ações extremamente otimistas e impulsivas da minha querida amiga. Como esperado, Khaladur tem mais talento para esse tipo de negociação e consegue desfazer as promessas de Delgas, também dizendo que a única coisa que podemos oferecer é uma aliança contra os mortos vivos. O General Nexxar concorda em suspender suas ações hostis enquanto o problema dos mortos vivos persistir, mas diz que não vai lutar ao nosso lado até provarmos nosso valor. A cabeça do necromante poderia provar nosso valor aparentemente.
Aprendemos algumas coisas com o General Nexxar:
- Dizem que o covil do "antigo" é na antiga prisão, para encontrá-la devemos seguir ao sul até o rio e seguindo o rio (a oeste?)
- A maior parte dos mortos vivos não foi levantada pelo "antigo". Quem está fazendo tudo isso é Grimmel, o anão necromante.
- A torre do aprendiz fica na foz do rio grande (rio ao sul). O rio cai na baía pequena e do lado há a torre do aprendiz.
Seguimos para Refúgio. Vamos direto para a loja entregar a poção. Millie atualiza Sam. Depois de muita discussão decidimos que nosso próximo passo é tentar levar os habitantes de refúgio para Nexxus. Chamamos primeiro os representantes importantes da cidade. O Padre, Dourn, Elliara, Tyron, Dupont, Oleg, Wynn, Mauricio, Caio e a Malba.
Durante a reunião, Kendi me alerta sobre algo do lado de fora. Sigo para o local e encontro Flaxe. Ele compartilha algumas informações:
- Há "armas de Rovagug" despertando na região;
- As 4 ordens fizeram uma trégua para resolver esse problema. Enviaram um representante para a cidade central que liga as leylines da região (Nexus), Menthos da ordem das folhas. Menthos será o intermediário entre as ordens e a cidade. Querem que toda a região seja protegida.
- Fungilla e a ordem do Mosquedo estão interessados em encontrar essas armas e eliminá-las. Uma maneira de identificar isso é com uma magia que permite identificar a presença de rovagug (ele me entrega um pergaminho com essa magia).
- Ele diz para tomar cuidado com a amiga Millie, pq Rovagug costuma controlar fúria.
- Ele diz que posso entrar em contato mandando um animal mensageiro.
Volto para a reunião. Depois de muitas conversas, intimidações, promessas e algum ouro, todos são convencidos a seguir para o Nexus como refugiados. Partimos em uma semana.
Enquanto a cidade se prepara decidimos seguir para o farol com o objetivo de investigar o barco e talvez aprender mais sobre o anão Grimmel. Chegamos no farol sem problemas, não vemos nenhum exército de mortos vivos no caminho.
Delgas
— Após atravessarmos o rio encontramos um destacamentos de Hobgoblins.
— Não confio nesse Hobgoblins.
— Mas talvez eles mereçam uma chance, não?
— Convenci os Hobgoblins a eles nos aliarem a gente. Só acho que eles irão nos escravizar no meio do processo.
— Khaladur conseguiu corrigir meu pequeníssimo erro e através da diplomacia criou uma aliança com os Hobgoblins. (Dessa vez sem as liberdades individuais serem postas em cheque)
— Eu sabia que esses Hobgoblins eram do bem, povo honrado este, não? De vez em quando sem senso de figuratividade, mas ninguém é perfeito.
— Definitivamente eu não sei nada sobre a guerra e seus estratagemas, eu pensava que ter lido "A arte da Guerra" pelo meio-orc Krulz-Tzuk me ajudaria numa hora dessas, mas acho que me enganei.
— Mas que azar! O frasco original quebrou! Sorte a minha que eu como todo ex-charlatão aprendi que é sempre bom fazer formulas dos produtos que você encontra... Embora alguns filósofos e pessoas da área da jurídica tem certos questionamento "legais e éticos" sobre isso.
— O pessoal aqui está discutindo se seria uma boa ideia levar todo o povo de refúgio pra Nexus.
— Mas eu pensava que no contrato que eu fiz com o professor era pra ser um parceiro intelectual, não um mero ajudante. Agora entendi o porque ele não me pagava alguns direitos trabalhistas...
— Pensando bem, a ida do Professor para Nexus pode ser muito maléfica. 2 intelectuais, ou melhor, um intelectual de verdade e outro PSEUDO-intelectual numa cidade não vai dar certo.
[Em Halfling] Sabe, hoje eu não tô legal... aconteceram certas coisas que me deixaram meio chateado e o problema de eu estar chateado é que ou eu escrevo demais ou escrevo de menos, parte porque fico muito reflexivo quando estou triste e a outra parte é que não quero pensar em nada. Hoje parece ser um dia que eu vou escrever de menos.Me peguei perguntando se nós vamos realmente conseguir levar todos de Refúgio para Nexus. O fato de tentar ser algo sem mortes me preocupa, porque nós assumimos um compromisso com as vidas dos locais que é incerto se seremos capazes de cumprir. Ouvir "0 mortes" pelo lado dos cidadãos de refúgio deve ser reconfortante, mas estaríamos reconfortando eles com garantias incertas? Promessas que não foram cumpridas, no final de contas, são mentiras?
O cenário é vasto, mas eu sinto um vazio, olho ao horizonte e sinto medo porque não sei o que me espera. Dinossauros podem não ser o mais perigoso que iremos encontrar, e também penso nos mortos-vivos... Refletindo mais sobre eles, penso na cantiga lúgubre que eu ouvia nas prisões de Qadira, normalmente vindo dos presos vindos do Olho do Pavor:
" Nas profundezas desse mundo é que se forja a realidadeO seu mundo seguro é só um sonho prestes a acabar.
Velhos tronchos de guerra despertando em toda parte
Mil bruxas na noite já estão prontas pro ataque
A mágica, o caos e a fúria estão no ar.
Mas se a noite chegar e o seu metal não brilhar,Então saberemos que não é um de nós.
Estamos em busca de um outro poder.
Não sentimos nada por trás da sua voz"
Ainda penso nesses versos e como eles parecem ser tão condizentes hoje em dia... [Em Halfling]Expedição 21-E - 22-23 de Arodus, 4720 AR (22 de Setembro de 2020)
Quando a floresta precisa de ajuda :/
Exploradores: Delgas, Gazu, Kirel, Lift, Millie
Gazu
"O maior espadachim do Nexus"... pff.
De qualquer forma, finalmente me livrei da maldição que, por puro azar, contraí ao nobremente salvar a Árvore dos Pixies. Meus companheiros insitem em insinuar que sou responsável pela maldição ou pela eventual - vou chegar nesse ponto - revolta da árvore previamente amaldiçoada que pode ter causado a morte de um ou dois pixies.
Ixil'lanos nos convidou para um merecido café da manhã com outras figuras ilustres antes de seguirmos de volta para Refúgio e, embora eu tenha apreciado a comida, quase engasguei ao ouvir a introdução de um dos convidados: Spot, o "maior espadachim do Nexus"... até onde vai a presunção dessas pessoas? Como podem ignorar a presença de GAZU e nem ao menos endereçar o fato de terem o MAIOR DE TODOS os espadachins entre eles?
Que tal "Spot, o maior espadachim do Nexus quando GAZU não está visitando" ou "Spot, um ótimo espadachim" ou ainda "Spot, que pode aprender muito com GAZU, o maior espadachim do Nexus"?
Enfim, não tive muito tempo para resolver essa questão devido à falta de educação dos meus companheiros que por alguma razão estavam muito interessados em falar com Spot... o que é engraçado, já que eu estava disponível e nenhum deles me fez sequer uma pergunta, com a exceção de Millie a quem fiquei devendo uma demonstração de minhas habilidades.
Após nossa partida encontramos uma manada de Anlylosaurus na floresta - Spot teve a audácia de me dizer para "tomar cuidado" ao deixar o Nexus... ele deveria ter dado esse conselho para os Anlylosaurus. Com um ataque que em retrospecto eu avaliaria como um 8/10, ensinei às feras o caminho da espada e seguimos em frente.
"Gazu, o domador de feras"
Para minha surpresa encontramos Leila na manhã seguinte, a Pixie que eu nobremente salvei dias atrás. Aparentemente meu ato heróico desencadeou uma série de eventos pelos quais não sou responsavel de qualquer maneira e achei justo mais uma vez salvar os Pixies com meus talentos sem rival. Rapidamente liquidamos as árvores e fomos justamente recompensados pelos Pixies em sua vila pequenina.
"Gazu, que salvou os Pixies não apenas uma, mas duas vezes"
Kirel
Ixil'lanos nos convida para um café da manhã com alguns dos seus convidados antes de partirmos para refúgio no dia seguinte. Os demais integrantes do grupo se preparam para o evento com adornos e outros ajustes na sua aparência. Eu não entendo muito bem quais são as expectativas dessas pessoas, mas como essa parece ser uma ocasião formal eu sigo os costumes da minha tribo e uso minha roupa de batalha.
Os convidados de Ixil'lanos são:
- Igriri, que já conhecemos antes, um Shee leonino que lida com burocracias;
- Spot, um Shee jaguar espadachim mestre da cidade. O melhor espadachim do Nexus.
- Alyara, uma Shee vestindo roupas simples, carregando uma medalha no peito, mestre das guildas da cidade
- Mestre Tawanda, um Mwangi, idade mais avançada, barbas longas trançadas, com um cajado. Sorridente.
As pessoas parecem agradáveis. Alyara parece interessada na natureza. O sotaque de Tawanda me faz lembrar do meu antigo lar e, infelizmente, das pessoas que o destruíram. Tento colocar esses sentimentos de lado e focar nas coisas que me ele me conta sobre a academia arcana, seus conhecimentos e sua filosofia de cooperação. Nantambu parece uma versão da Expansão Mwangi que eu nunca tive o privilégio de conhecer e me pergunto como dois mundos tão distantes podem conviver tão perto…
Ao final do evento parece que nossas conversas foram proveitosas o suficiente para estabelecer boas relações com os membros do Nexus e como resultado obtemos a ajudar de Igriri para nossas wayfinders com a Pedra Eônica de Nexus o que deve facilitar nossas viagens no futuro. Após o café da manhã, partimos em direção a Refúgio.
Caminhamos por algumas horas quando nos deparamos com uma "manada" de Anlylosaurus atravessando a floresta e destruindo tudo no caminho. Alguns deles parecem incomodados com nossos animais e nos atacam, mas conseguimos espantá-los sem nenhuma casualidade.
Acampamos pela noite. Na manhã seguinte encontramos Leila, a Pixie. Ela nos diz que a árvore amaldiçoada pela espada levantou das raízes e está atacando os animais, seguimos a pequena fada até o local onde as árvores estão. Me pergunto se talvez a espada não estava selando as árvores e nossas ações libertaram algo que deveria ser deixado em paz… mas não acho que nada bom poderia ter vindo de uma maldição de Rovagug.
As árvores parecem ter sido levantadas ritualisticamente, mas ou algo deu errado ou o ritual foi terrivelmente corrompido, pois há uma maldade nas criaturas que eu nunca ví antes em árvores acordadas. Destruímos as atrocidades e ao final do combate eu faço uma prece a Gozreh, pedindo que ele mande uma água para lavar a floresta de qualquer corrupção. Faço uma prece também pelo urso que foi torturado pelas criaturas, desejando que sua morte não tenha sido em vão e seu corpo possa alimentar os outros animais. Espero conseguir algum contato com os druidas da floresta em breve… com os esqueletos e agora isso… a floresta precisa de proteção.
Leila nos leva até seu vilarejo e nos presenteia com recompensas por nossa ajuda. Nada que eu ache que possa me ajudar mas espero que os objetos mágicos ajudem meus companheiros em nossas aventuras.
Delgas
— Golarion foi construída para ser uma prisão pra Rovagug, Asmodeus possuí as correntes que aprisionam o Deus, quando ele sair, só sobrará Pharasma para julgar os que viveram.
— Igriri, Mestre Burocrâtico; Spot, o exímio Espadachim com Dreads; Alyara, Mestre das Guildas da Cidade; Mestre Tawanda, o mais velho e que não é um Catfolk.
— Bati um papo cabeça com Igriri sobre o sistema prisional, aparentemente esta cidade tem um taxa de criminalidade muitíssimo baixa, uma coisa que não se vê muito por aí.
— A Alyara, que é a mestre da guilda da cidade, aparentemente não gosta quando falamos de emprego. Estariam as taxas de desemprego da cidade muito altas ou ela só encarava aquela ceia matinal como um momento de lazer onde assuntos trabalhistas ficam de fora?
— Tawanda é um mago de muito conhecimento e sabedoria, mas que não sabe muito sobre Alquimia.
— Atunamos nossas pedras eônicas ao Nexus e agora podemos nos teletransportar pra lá se estivermos à 100 milhas.
— Entramos na floresta, ancilossauros nos atacaram. Esses animais não estavam extintos, não?
— Agora essa, a árvore que estava toda drenada simplesmente saiu andando e criou vida. E A CULPA É TODA NOSSA! NÃO, MINTO, É TODA, INTEIRA, ABSOLUTAMENTE DO GAZU !
— Que ódio, vontade de botar fogo nessa floresta INTEIRA!
— Parte do meu ódio foi satisfeito depois que eu coloquei uma das árvores em chama. Missão cumprida!
[Em Halfling] Conversar com o mestre Tawanda foi uma prosa bastante frutífera, eu diria. Ele é um mago bastante respeitado e vindo de tão longe, não pude me conter de curiosidade para saber mais sobre a pessoa dele. Mas sinto que 1 minuto de conversa não foi o suficiente para sanar todos os meus desejos filosóficos naquela ceia matinal.Existe um certo desprezo velado que poucos ousam em admitir que é a dos conjuradores em relação aos alquimistas, grande parte pela ignorância deles de acharem que somos "pseudo-conjuradores" ou até mesmo de acharem que SOMOS conjuradores só que mais limitados. Obviamente sempre haverá os curiosos e bem intencionados que tentarão compreender a esotérica arte lógica de transformar uma coisa em outra, mas por mais interesse genuíno que tenham eles sempre verão nós, os alquimistas, de cima para baixo, no meu caso isso também é literal, já que eu tenho apenas 1,25m de altura e as pessoas são meio que obrigadas a fazer isso.
O que quero explicitar nesta tese que criarei agora é que essa ideia de que Alquimistas são conjuradores limitados não passa de uma pinoia fruto da ignorância e que, na realidade, os Alquimistas são virtuosamente superiores a, se não todos, pelo menos a gigantesca maioria dos conjuradores que existem por aí!
A começar pelos Druídas, que convenhamos, seus poderes não vem deles e sim da comunhão que eles tem com a natureza, ou seja, não tem meritocracia nenhuma aí apenas uma relação de submissão para entidades naturais que muitas vezes o conjurador desconhece! "Ah, mas Delguinhas, os Druidas se transformam em animais e além disso podem conjurar meteoros e raios vindos dos céus!" uau, mas que grande coisa! Imagina só você conseguir se transformar em animais que são facilmente postos em cativeiro pelos humanoides! No dia que Druidas se transformarem em raças que construíram impérios nós iremos rediscutir isso! Fora que esse negócio de lançar meteoro e raio é pura falácia! Há inúmeros registros de Druídas que conjuraram meteoros e raios em criaturas fortíssimas e ainda assim elas não morreram por causa disso, fora que, a mãe natureza não é estupida! Ela sabe que é burrice dar todo seu poder pra gente irresponsável, tanto que ela limita o quanto ela distribui pra cada um de seus conjuradores. É só usar a lógica: Se uma pessoa estiver andando por aí, mesmo que ela seja poderosíssima e for alvejada por um raio ou meteoro fruto da aleatoriedade ELA MORRE! Simples assim. Ao menos que o leitor saiba de um caso de alguém que recebeu um meteoro e sobreviveu pra contar história!
Agora os Clérigos... Olha, eu tenho muito respeito pela religião alheia, eu mesmo sou bem religioso, mas sinceramente eles são exatamente a mesma coisa dos druidas, com a diferença que eles devem soltar... Sei lá, chamas divinas vindas do céu? Confesso que convocar Anjos ou Demônios são claramente mais fortes que convocar animais facilmente enjauláveis, mas tomando as previdências corretas, não tem lá muita diferença, não. Fora que druidas e clérigos tem os éditos a serem seguidos, o que só explicita mais ainda a relação de subserviência deles.
Já os Bardos. Vou pular os bardos porque eles no máximo só tocam uma flautinha ali ou um violãozinho aqui e geralmente não tem muito o que fazer quando o seus companheiros de batalha caem um por um a não ser já performar a faixa fúnebre e aceitar seu destino.
Os feiticeiros... Bem, são o epiteto do nepotismo puro, tudo o que eles ganharam não teve mérito ou estudo nenhum, simplesmente deram a sorte ou o azar de nascerem privilegiados. O máximo de mérito que existe é se aprimorar no que eles receberam, o que no final de contas não passa de uma obrigação deles e a maioria nem consegue isso!
Os Magos... É, admito que eles são páreo duro com a gente, porque eles realmente se dedicam e estudam para conjurar as parafernálias deles, MAS, existem duas fraquezas neles que eu acredito serem cabais para provar nossa relação de superioridade: Primeiro que eles geralmente se especializam apenas em um tipo de escola de magia, o que os deixa menos versáteis. Segundo que ser um mago burro é sinônimo de carreira curta!
Agora o leitor deve estar se questionando, "Mas Delguinhas, os Alquimistas não se especializam e precisam ser inteligentes também?", e sim, meu caro leitor, você está correto! Mas se engana que nossa especialização é uma fraqueza, porque mesmo eu sendo especialista em bombas eu ainda posso ajudar meus companheiros fornecendo-os tônicos que espantam os ferimentos ou antídotos que cortam qualquer veneno, fora que eu posso jogar Fogo, Gelo, Ácido, Mental, Raio e inúmeros outros efeitos deixando virtuosamente qualquer criatura que eu enfrente sem nenhuma imunidade para mim! E como se já não bastasse isso, o Alquimista pode se dar o luxo de ser burro! Isso mesmo! Afinal de contas, quando chega na hora do "vamos ver" o que importa é a mira e a força que você tem no braço. Fora que, diferente dos outros, nós aceitamos nossos erros pois acreditamos na ciência, acreditamos tanto nela que sabemos que, se a gente fosse burro e não acreditasse nela, nada iria se alterar! Além disso, a alquimia premia a meritocracia: É possível ser um bom Alquimista sendo burro, mas dá pra ser um EXCELENTE alquimista sendo INTELIGENTE!
Sinceramente, depois de todos esses argumentos super concisos eu não entendo porque ainda tem conjurador no mundo, tsc tsc.
P.S: Antes que alguém me questione o porque eu não falei de outras classes conjuradoras, bem, se eu não conheço é porque deve ser tão ruim que não merece ser mencionado. [Em Halfling]
Expedição 21-D - 21 de Arodus, 4720 AR (15 de Setembro de 2020)
Quando desvendamos uma maquina de fazer cubos gelatinosos!!!!
Exploradores: Delgas, Khaladur, Kirel, Millie
Kirel
Continuamos nossa exploração nos esgotos do apotecário abandonado. Lift e Gazu são atingidos por uma chuva ácida, então decidimos que seria melhor eles aguardarem na entrada para se recuperarem enquanto nós exploramos o resto dos túneis. Lutamos com uma criatura gelatinosa no esgoto. Confirmamos que o local é o esconderijo dos irmãos Shee. Encontramos alguns planos e itens numa sala que eles pareciam usar como seu quarto/escritório e finalmente encontramos or irmão numa sala enorme com uma grande maquina que eles parecem ter acabado de descobrir. Tentamos conversar e pedir para eles conversarem conosco, mas eles se recusam e ligam a maquina, iniciando um combate. Durante o combate a maquina parece cuspir mais criaturas gelatinosas, mas eventualmente conseguimos vencer os irmãos e parar a máquina. Tentamos interrogá-los, mas algum tipo de ataque mental é desferido contra eles antes de compartilharem mais informações. Tudo que sabemos do ataque é que todos ouvimos um piado de coruja quando ele aconteceu.
Voltamos para a biblioteca com os documentos encontrados nos pertences dos shee e aprendemos algumas coisas:
Pacto da estrada aberta
Feito pelos 4 fundadores quando descobriram um enorme tesouro na expansão Mwangi (curiosamente perto do povoado da minha tribo). Chegaram numa porta magica que tinha inúmeras chaves e uma fechadura. Para abrir a porta era necessário que apenas 1 deles estivesse vivo. Eles fizeram um pacto: cada um pegou uma chave, quando o ultimo estivesse vivo, o sobrevivente voltaria para ver o que estava atrás da porta. Voltaram para Absalom e fundaram a loja. Adolphus trouxe as anotações e o pacto quando veio pro Nexus.
Filactéria:
Construída sob encomenda pelo lich pediu os anões para criar o jarro místico. Os docs não detalham onde o objeto está, mas diz que foi forjado na forja principal das minas antigas dos anões e os eles costumam manter registros em pedra que talvez tenham sobrevivido ao tempo. Deve ser a mina de ferro onde estivemos. O objeto precisa ser instalado num local corretamente para funcionar. Para destruir o jarro é preciso realizar um ritual.
Não sabemos muito bem como as duas descobertas estão conectadas, mas tudo indica que deve haver alguma conexão. Eu me pergunto se as informações sobre o pacto da estrada aberta tem algo a ver com outras referencias a chaves que encontramos nas nossas explorações. Havia uma carta de Grumpus mencionando três chaves e há também registros de Delgas mencionando alguma coisa sobre pedras e chaves. Faz sentido que Grumpus estivesse procurando algo relacionado à história dos fundadores da sociedade. Talvez um passo seja ir atrás disso. Também consideramos tentar explorar as minas... mas será que conseguimos evitar o dragão vermelho que habita o local?
Por fim decidimos que nosso passo deve ser voltar para refúgio entregar o elixir para a capitã, e depois decidir para onde ir.
Delgas
A cada dia que passa, descubro uma coisa nova! Vejam só! Concluí que a maneira mais fácil e rápida de se registrar uma história é simplesmente escrevê-las em tópicos:
— Filacterias parecem ter sidos roubados por um casal de alquimista, aparentemente irmãos.
— Encontro com o Black Pudding no esgoto, um monstro sem fraquezas e que se divide em dois, uma aberração da natureza, com certeza.
— Quarto dos alquimistas com notas interessantíssimas.
— Encontrei uma adaga com uma traquitana doida que solta veneno a rodo, aparentemente eles estavam tentando ver se conseguiam armazenar o veneno supostamente "infinito".
— Engenhoca Alquímica nos esgotos com os dois Shee Alquimistas; Slime. (Ainda me pergunto o que era aquela estrutura e como ela foi feita...)
— Que lástima pra ciência, os dois Shee morreram, aparentemente foram vítimas de um ataque psíquico que se assemelhava a um grito de coruja.
— Precisaremos de um tempo para discutir os detalhes das notas dos Shee.
— Pareciam estar tentando recriar a jarra que guardava uma filactéria.
— Minas, Dragão e Duegars, temos muito pela frente ainda.
Nota: Não tocar na ponta da Adaga de Veneno! Isso é pura estupidez!
[Escrito em Halfling] Sabe, eu sou da crença que por vezes sonhos representam nossos medos e desejos mais internos, isso quando não são proféticos ou inspiradores. É bem verdade que eu carrego comigo um frágil frasco com a panaceia que ira curar os males da Capitã Eleonor, e também é bem verdade que estou sendo acompanhado por um aviário deveras falastrão e atrapalhado, com requintes de irresponsabilidade eu diria!
Esta noite eu havia sonhado que estava em Absalom, num grande Teatro municipal, eu não era o ator no caso, mas não deixava de ser a atração principal! Estava cercado por grandes intelectuais, alquimistas, magos, cientistas, naturalistas ( não os que andam nus, são os que estudam a natureza, ok?), ou seja, gente do meu nível intelectual pra baixo. O motivo de eu estar ali é que eu estava recebendo um honorável prêmio máximo dado aos alquimistas que tiveram as ideias mais revolucionarias do ramo. Estava recitando o meu discurso que deixei meses prontos pra esta ocasião em especial quando de repente sou interrompido.
O motivo da minha interrupção tinha nome e raça: Era Gazu, o tengu. E ele estava com um sorriso malicioso em seu bico. A principio não entendi bulhufas daquilo mas logo em seguida Gazu retirou de suas vestes o fragilíssimo frasco contendo a cura para a Capitã. Me desesperei e o implorei que devolvesse o frasco para mim mas ele se recusou a fazer isso, e, como se não bastasse, começou a fazer malabarismos e embaixadinhas com o frasco, dando suas típicas dancinhas bregas que ele acha que esta arrasando quando as faz.
Implorei a ele inúmeras vezes que ele parasse com essa brincadeira de mal gosto mas aparentemente ele não tinha intenção de parar tão cedo, resolvi chamar a segurança para prende-lo mas os guardas nunca vinham e quando me dei conta o teatro estava todo vazio! Pelo visto o Gazu deixou o melhor ou o mais cruel para o final quando ele simplesmente jogo o frasco para o alto e então com uma fome voraz engoliu ele sem nem ao menos engasgar. Enquanto o frasco descia sua goela demoníaca eu acordei deste pesadelo horrível suando frio!
Sinceramente, espero que nada de ruim aconteça com este frasco, seria um desastre para todos! [Escrito em Halfling]
Expedição 21-C - 21 de Arodus, 4720 AR (08 de Setembro de 2020)
Quando exploramos a cidade dourada
Exploradores: Delgas, Gazu, Kirel, Lift, Millie
Kirel
Somos recebidos em Nexus por Ixil'lanos. Ele nos explica que é o responsável pelos sonhos enviados à capitã e diz que lamenta os efeitos que esses sonhos trouxeram para ela, ainda mais por isso ter levado a atenção do necromante e possivelmente ser o motivo de ela ser atacada. Não sei bem dizer como me sinto em relação a isso, muitas coisas resultaram da decisão de Ixil'lanos, incluindo a morte de nosso amigo Raz, mas é difícil ponderar as implicações de um caminho ou outro e talvez a intervenção do quetzalcoatl resulte na queda do necromante. Por um momento fico confusa sobre o porquê de ele nos atrair até a cidade, mas aparentemente ele acha que há informações relevantes sobre Filactérias no Arquivo Planetário que podem ser a chave para destruir o lich. Ixil'lanos também nos explica um pouco sobre as pedras eônicas e como elas eram usadas para estabelecer conexões importantes entre os locais relevantes para a civilização que um dia existiu aqui. Talvez seja possível usar nossas bússolas para nos transportarmos para o Nexus, mas isso vai requerer algum trabalho e pesquisa... Talvez Delgas tenha interesse em fazer isso.
Seguimos para a biblioteca/arquivo planetário. Talvez eu devesse tomar notas "mentais" mais organizadas da próxima vez, mas eis o que eu consigo me lembrar, espero que esteja tudo certo:
- Dois pathfinders, Adolphus e Kerina escreveram as notas que estamos procurando sobre Filactérias.
- Alguns pathfinders (Durvin Gest, Selmius Foster, Gregaro Voth, e Kerina Napsunar?) vieram da Expansão Mwangi (!) para cá e fizeram algum tipo de pacto (com quem? para que?)
- Os registros de Durvin foram retirados da biblioteca recentement (uns 2 anos atrás), por Bjam Orlavi
- Alguma coisa sobre registros de Adolphus que detalham as pesquisas no Nexus sobre Filactérias (é isso que foi roubado?)
- Alguns registros foram roubados (os do Adolphus?). Nesse mesmo dia em que chegamos, talvez algumas horas atrás.
- Deixaram uma armadilha, quando Millie encontrou a nota (esqueci o conteúdo...) estátuas tomaram vida para nos matar. Normalmente os tutores arcanos é que sabem dessas estátuas.
- Alguma coisa sobre uma lenda obscura de como o lich foi capturado por um grupo de aventureiros de uma raça incomum para a população local.
Quando terminamos tudo que achamos possível descobrir, vamos atrás de informações sobre Bjam e/ou as estátuas. Aparentemente as duas coisas estão conectadas. Bjam e a irmã (Zeynap?) foram as pessoas que retiraram os registros. Eles queriam mais registros, mas não tinham dinheiro para pagar pelas copias (ou pelo acesso?). Também foi um casal que conseguiu informações com os Tutores Arcanos para preparar as estátuas, e pareciam alquimistas. O pai de Bjam e Zeynap tinha um apotecário (desejo de cura) que fechou há algum tempo e em alguns meses vai ser derrubado para dar lugar a uma outra construção para a cidade.
Seguimos para o endereço do antigo apotecário. Parece abandonado, mas há claros vestígios da da passagem recente de pessoas. Seguimos para dentro do prédio onde notamos que também há indicações que está sendo limpo com frequência. Encontramos uma escotilha e seguimos. Eu vou na frente para procurar armadilhas, apesar de nunca ter muita sorte em encontrar coisas em prédios e construções urbanas.
Delgas Travelfoot
Como o mundo é gigantesco, não é mesmo? Tenho apenas 22 anos e sei muito bem que ainda existem várias coisas para serem descobertas por aí, uma delas foi quando eu li os livros da biblioteca da cidade de Nexus. Como escreve diferente o povo daqui: Uma linguagem simples, concisa, explicativa, não há floreios desnecessários, nem palavreados esotéricos aos quais eu estava acostumado lendo os livros que me eram disponíveis em Refúgio. E pensando bem, creio que devo escrever assim também, afinal de contas, como poderei compartilhar conhecimento com as pessoas claramente intelectualmente limitadas como o Sr. Gazu ? Não que eu tenha algo contra ele, veja bem, todos temos pontos forte e fracos, ele é bom em dançar e cortar coisas, já no resto se ele for medíocre é um grande avanço! Embora ele seja um sujeito até que carismático, confesso que ele por vezes é meio exibido, o que inevitavelmente lembra o meu irmão Pláguas, que também era exibido, e que também me pôs na cadeia!
Mas enfim, partindo para o que interessa, lembro-me de começar conversando com Ixil'lianos, foi nos explicado quem era os responsáveis pelo sonhos da capitã e era evidente o sentimento de arrependimento após ter sido deixado claro que talvez os sonhos foram o motivo principal do Lich ter sido atraído. Após nos lamentarmos foi nos orientado a ir para a biblioteca local como forma de aprender sobre as filactérias, também foi me entregue um frasco cristalino super frágil ao qual deveria conter a cura para a mazela, digo, doença da Cpt. Eleonor.
Na biblioteca é onde pude ter um contato com a escrita desse povo felino que tanto me intriga, mas comentar isso mais a fundo tomaria tempo demais e pretendo ser rápido aqui. É digno de nota que após Millie achar uma nota secreta fomos atacados por estátuas animadas por uma runa mágica que foi ranhurada na parte detrás da cabeça, mas acabamos com elas com certa facilidade, parte pelo machado de Millie e a outra pelas minhas bombas, embora o grupo como um todo colaborou bastante também. Ah, eu lembro que... não, não seria prudente escrever o quanto me encantei pela biblioteca e sua arquitetura, isso tomaria tempo demais.
Pelo que estou vendo, Kirel foi competente em anotar os detalhes, então vou focar apenas nos que provavelmente eu tenha maior conhecimento, como por exemplo a estranha conclusão que eu cheguei após por o princípio da falseabilidade em pratica ao qual indicava um resultado completamente diferente do que era esperado no que se tratava da idades das pedras filactérias. Eu e meus colegas ficamos muito atôni- digo, confusos com isso e com certeza gastaremos mais tempo tentando compreender esse mistério.
Sabe, enquanto eu escrevia, revi as anotações de Kirel e achei elas tão pontuais que senti que pouco poderia contribuir, se me permitirem, gostaria de utilizar esse papel que nos é dado pra este registro como forma de poder anotar minhas teorias alquímicas (é verdade que eu tenho um diário, mas ele só serve pra anotações rápidas cotidianas) em minha língua natal, já que o conteúdo dessas teorias seria por demais complexo para todos vocês e talvez os levassem a exaustão mental. Portanto, termino minhas notas aqui para não ser redundante e fazer meus companheiros perderem o tempo que nos é muito precioso. Agradeço a vocês a leitura até aqui e que Sarenrae abençoe a todos!
[Escrito em Halfling] Achei que pouco poderia contribuir porque me sinto um pouco sobrecarregado e estafado pelos acontecimentos. Por vezes revejo minhas notas em busca de informações úteis, mas uma fadiga mental pungente me ataca todas as vezes que eu ouso formar alguma frase com elas.
Como já não vejo utilidade prática pra escrever porém sinto que devo usar esses registros como forma de expurgar o que me impele mentalmente, escreverei em minha língua nativa ao qual julgo que ninguém saberia ler, dessa forma, terei a privacidade para explicitar meus pensamentos mais íntimos, como uma espécie de diário.
Hoje de manhã me peguei lembrando-me de uma antiga história que se conta aos alquimista de nível intermediário:
"Era uma vez uma antiga vila pequenina e singela, repleta de camponeses igualmente pequeninos e singelos. Para eles, a vida era trabalho e nada mais. De repente, chegou na vila um Alquimista, igualmente pequenino porém nada singelo. O povo local a principio achou-o muito estranho e não gostavam de conversar com ele por causa do seu jeito esquisito de falar e se comportar e quando o estrangeiro ousava comentar alguma coisa de sua especialidade era repreendido instantaneamente, sendo assim, o Alquimista achou por bem entrar em reclusão. Entretanto a vila era constantemente atacada por uma criatura peluda e horrenda que devorava os pequeninos, o cientista alquímico pegou os pelos que a criatura soltava e descobriu que se tratava de um lobisomem ao qual como todos nós sabemos é vulnerável a armas de prata. Animado para contar sua descoberta convocou todos no centro da cidade para explicar a boa nova, porém os singelos habitantes em sua ignorância acharam um ultraje sua conclusão, assumindo que se tratava de uma piada de mal gosto por não compreenderem seu raciocínio trataram de lincha-lo ali mesmo." Devo dizer que obviamente na próxima lua cheia o Lobisomem veio com um bando dessa vez e erradicou toda a vila.
O que essa história (que percebo agora ser meio simplista) tenta exemplificar é o paradoxo do Alquimista: Quanto mais se sabe, menos parece ser capaz de compartilhar. Por que menos as pessoas poderão nos compreender conforme nossos conhecimentos ficam cada vez mais complexos e esotéricos. E pela minha experiência própria eu sei que as pessoas não gostam de sentir que não são capazes de entender algo. Isso não se aplica a magia entretanto, nunca se espera conclusões lógicas sobre a magia. A Magia é aquela que não entendemos porem toleramos e até temos fascínio, já a alquimia...
As vezes miro-me pro meu grupo e não vejo alguém em que poderia discutir os assuntos de meu interesse científico. Olho pra Kirel e sei que posso falar sobre biologia, mas ela tem uma visão muito naturalista das coisas. Olho pra Khaladur e sei que com ele posso discutir religião, talvez sobre armas e armaduras também. Olho pra Gazu e só me salta aos olhos sua espécie, pois o fato dele ser um espadachim primoroso pouco me anima, o mesmo pode ser dito de Lift, que não é espadachim embora suas propriedades mágicas me intrigam. Por fim olho pra Millie, ela é a unica que consigo ver olhos-nos-olhos e não de baixo para cima, mas fora essa semelhança, só me encanta seu machado destruidor.
Será que um dia eu vou descobrir algo que não me será permitido comentar pelo meu próprio bem, assim como aconteceu com o alquimista da anedota? Bem, de qualquer forma, sinto-me mais leve, com certeza terei mais animo a partir de agora! [Escrito em Halfling]
Expedição 21-B 19-21 de Arodus, 4720 AR (02 de Setembro de 2020)
Quando partimos em direção a floresta a oeste. Encontro com Leila, a Pixie. Embate com o exército de esqueletos. Conversas na fogueira, e a chegada ao Nexus.
Exploradores: Delgas, Gazu,Khaladur, Kirel, Lift, Millie
Delgas Travelfoot
Bem, o que posso falar? Na realidade, nada, afinal estou escrevendo. Enfim, após as tragédias anteriores, resolvemos nos recompor e partir rumo à oeste onde encontraríamos uma floresta, suposta moradia de Ixi...Ixi... Qual era o nome do honorário ser mesmo? Droga! Me esqueci por hora... O pessoal daqui gosta de um nomes impronunciáveis, hein? Para efeitos de comodidade me referirei ao nobilíssimo Quetzalcoatl (mais um nome complicado!) apenas por Ixi já que consultar nos anais tomaria-me tempo e eu gostaria de ser o mais enxuto nesse texto, percebi que tenho o mal costume de enrolar-me por demasiado e talvez isso faça com que meus aliados percam o interesse em ler esses manuscritos.
Bem, aonde eu estava mesmo? Ah, sim, nós partimos rumo a oeste e o caminho foi deveras... agradável? Bom, tivemos empecilhos no caminho, como quando nós estávamos em uma floresta que ficava a caminho e então nos deparamos com uma simpática Pixie cujo nome creio que nem ao menos foi perguntado e se foi perguntado lamento não me lembrar, mas ela clamava a nossa ajuda e nós, seres de benignidade e caráter altruísta, resolvemos acatar seu apelo. Aparentemente o causo era que havia uma espada de aço frio (altamente letal contra fadas!) fincada numa árvore, observando mais atentamente observei que ela desafiava a biologia no momento em que percebia que criara raízes por demasiado grandes para uma planta daquele porte. Suspeitei então na minha dedução lógica, ao qual eu referi aos meus companheiros como mera "intuição" para eles não se assustarem com minha sapiência e alta capacidade cognitiva, que a espada possuía caráter vampírico no sentido de parecer absorver a vitalidade da árvore, Gazu com toda a sua altivez e coragem voluntariou-se para retirar o artefato. Eu, ser de lógica que sou disse ao meu afável colega, caham, "Nobilíssimo, creio que o ato de pegar este objeto de caráter duvidoso pode te acarretar em consequências tenebrosas! Está certo de que pegar esta espada com suas preciosas mãos nuas constituiria em um atitude sensata?" e, eu acho que ele me respondeu, "Eu não ligo!" . Bem... Deve ser algo cultural, não sei. Enfim, Kirel, ser de sensatez, achou de agrado ser mais cauteloso e fez um trabalho de contra magia deveras competente e então nosso amigo aviário pode pegar a espada aparentemente sem consequências ruins...
Note que eu disse "aparentemente", pouco tempo depois a espada amaldiçoada voltou a ter sua complicação ativada de novo e nosso amigo penudo foi então acometido por uma maldição que basicamente constituí em ele ter uma fome voraz que "aparentemente" não se aplaca nunca! Eu, homem da ciência e de muita fé, fui incapaz de observar essa curiosa anedota sem levantar algumas questões internas:
— A fome dele é como se seu estômago fosse um saco infinito ou ele tem um limite do quanto pode consumir? — Supondo que seria a primeira, ele seria também capaz de comer coisas não comestíveis, como pedras, por exemplo? — Supondo que ele seria capaz de comer pedras e que seu estômago fosse do tamanho do infinito, poderia ele comer uma montanha inteira, se tivesse tempo? — E talvez a mais importante: Essa fome irá se desenvolver em canibalismo? (espero que não!)
Enfim, assuntos glutônicos a parte, partimos em direção ao nosso destino, aparentemente tudo chuchu beleza até que nos deparamos com um grupo de uns 40 esqueletos na entrada da floresta, esqueletos da casta mais xexelenta, eu diria. Meu amigo Khaladur e Eu, como crentes em Sarenrae, obviamente não vimos isso com bons olhos e logo nos prontificamos para acabar com esta afronta a vida e os bons valores! Todos do grupo foram em direção aos mortos-vivos com fúria e sagacidade memoráveis! Mas o grupo de defuntos estava munido de flechas que nos saraivaram muito antes que estivéssemos no alcance deles e pudêssemos então destruí-los, eu mesmo fui alvejado varias vezes! Mas obviamente tendo inteligência recuei e me curei para que depois pudesse voltar a batalha e responder a saraivada de flechas com minha saraivada de pedras mostrando todo o poder de fogo da artilharia Halfling! Millie então pois fim aos malditos com seu machado feroz!
Ah, é, me esqueci de um detalhe importante, Kirel, como já dito anteriormente ser possuidora de uma sensatez imensa, aparentemente também é uma estrategista mais que competente e fez uma parede de espinhos para separar o grupo e facilitar nossa peleja. Sua sabedoria foi tão imensa que ela com certeza deve ter levado em conta que o exército de mortos-vivos possuí a inteligência de um cavalo (engana-se quem acha que o burro é burro mesmo) e seguiria avançando contra os espinho tomando perfurações consistentes e por fim quebrando em vários pedaços! Isso com certeza nos deixou aliviadíssimos! Parabéns, Kirel, fostes abençoada com sabedoria naquela hora!
Adentrando mais a floresta, ficamos uns dias a percorre-la, nesse ínterim fomos conhecendo um pouco mais sobre os outros e eu revelei ser ex-presidiário, espero que eu não tenha intimidado meus colegas com essa revelação chocante, mas eles parecem ser barras-pesada também, então devo ter passado batido. Khaladur notou que o povo felino Chi ( é assim que escreve ou se escreve "Xi"?) (Nota do GM: Shee) estava nos observando, talvez estavam checando nossas intenções, avançando mais a oeste houve um tempo em que nossas Wayfinders começaram a apitar e de repente nos deparamos com a magnânima estrutura piramidal que parecia ser a residencia do Sr. Ixi. O honorável ser em pessoa mostrou-se para nós e nos deu as boas vindas. Devo confessar que poucos seres me provocaram fascínio como este adorável Quetzalcoatl. Bem, agora só nos resta saber o que faremos daqui para frente!
P.S: Puxa vida, jurei que não ia escrever muito e acabei escrevendo por demasiado, mil perdoes, colegas!
Kirel
Hoje partimos em busca da tal cidade dourada. Não temos muitos detalhes específicos sobre a localização do local, exceto pela indicação da floresta ao sul das montanhas. Seguimos pela beira do rio curvio. Havíamos acabado de montar acampamento quando fomos interrompidos por uma Pixie chamada Leila (?) pedindo ajuda, seguimos a pequenina, meio desconfiados (afinal, nunca se sabe o que é real e o que é uma brincadeira com as fadas), até o local onde uma espada de ferro frio se encontrava fincada numa árvore morta.
Apesar da insistência de Gazu em agir, levamos algum tempo analisando a situação. Parece claro para mim que a espada tem algum tipo de maldição que levou à morte da árvore e embora eu não saiba muito sobre maldições, imagino que exista algum gatilho para iniciá-la, algo simples o bastante para ter amaldiçoado a árvore na qual ela estava fincada. De qualquer forma, concentro energia primordial em volta da espada, suprimindo suas propriedades mágicas. Khaladur parece sugerir que o receio em tocar a espada amaldiçoada seria algum tipo de covardice, talvez ele esteja certo, mas a sabedoria do meus mestres me ensinou que tudo tem seu lugar e a bravura pela bravura só leva à morte. Gazu toma a espada e parece concluir que a supressão da magia significa que ele estava correto. Eu decido deixar que ele siga seu orgulho e fique com a espada, cabe a ele a escolha de ignorar os avisos.
A pixie nos agradece. Millie quer levar a pobre criatura conosco… a anã ama com uma intensidade cativante, mas ainda não aprendeu a deixar a vida das criaturas seguir seu próprio curso. Tento dizer alguma coisa, mas sinto que ela precisa viver suas próprias lições. A pixie recusa o convite de Millie e seguimos viagem.
No dia seguinte descobrimos o efeito da maldição: Gazu sente uma fome insaciável e seu corpo parece incapaz de absorver qualquer nutrição das suas refeições. Ele admite que talvez devesse ter tido mais cautela, mas parece decidir seguir caminho novamente e ignorar os efeitos da fome. Eu tento me lembrar se conheço alguma magia para levantar maldições, mas nada vem à mente. Não acho prudente ignorar o problema, mas também não consigo pensar em nada que possa ser feito no momento.
Continuamos nossa jornada até a beira da floresta, que está guardada por um exército de mortos vivos. Khaladur parece ter feito um juramento para destruir esse tipo de criatura que o impede de passar sem enfrentar o exército, penso que esse tipo de juramento pode ser perigoso, mas concordo que se pudermos destruir essas criaturas, isso seria melhor. Alguns de nós (eu inclusa) acabam muito machucados pelas flechas, mas ao final conseguimos derrotar os esqueletos.
Seguimos pela floresta até que finalmente a cidade dourada se revela para nós. As pedras das nossas wayfinders brilham segundos antes disso acontecer e eu me pergunto se uma outra pedra como aquela do poço de refúgio existe nessa cidade, elas parecem proteger uma região dos olhares externos e talvez possamos usar nossas bússolas para voltar para esse lugar rapidamente como fazíamos no vilarejo. Somos recebemos por Ixil'lanos, que parecia estar esperando por nós.
Expedição 21-A Wealday, 18 de Arodus, 4720 AR (25 de Agosto de 2020)
Quando o apocalipse zumbi aconteceu em Refúgio
Exploradores: Delgas Travelfoot, Gazu, Khaladur, Kirel, Lift, Millie
Kirel
Muitas coisas aconteceram desde a minha última entrada, mas nenhuma mais relevante do que o ataque de Tsok'zul a Refúgio. Os exploradores e eu estávamos nos preparando para a 21 expedição quando o Lich atacou o vilarejo com o seu exército de mortos vivos. A criatura claramente sabia o que estava fazendo e veio com o claro objetivo de destruir a pedra do poço. Infelizmente ele foi bem sucedido e nenhum de nós conseguiu desferir qualquer ataque que fosse capaz de causar sequer uma arranhão em Tsok'zul. Nós conseguimos manter o resto dos mortos vivos sob controle, na maior parte, mas infelizmente não conseguimos agir a tempo de evitar a morte do Tenente Rupert. Agora, depois do acontecido, é difícil separar as memórias desse ataque das lembranças dos ataques ao vilarejo da minha tribo e eu vejo agora no olhar dos habitantes de refúgio o mesmo medo que vi há anos atrás nos olhos dos meus irmãos e a apreensão de não poder confiar na segurança de seus lares.
Depois do ataque na cidade, nós seguimos gritos até a loja da sociedade pathfinder onde algumas criaturas pareciam ter um outro objetivo: acabar com a vida da capitã Eleonor. Nós conseguimos salvá-la no final, mas não sem o heróico sacrifício de Raz, que deu sua vida para proteger a capitã. Eleonor conseguiu se manter consciente por tempo o bastante para nos contar das visões que teve e de um povo felino, da mesma raça do recém chegado Lift, que talvez tenha as respostas para lidar com eventos que estão se desdobrando na região. Decidimos partir em busca da tal da cidade dourada e de respostas, para talvez interromper quaisquer que sejam os planos de Tsok'zul.
Quando eu sai da minha terra natal, acho que eu esperava que meus pés me levassem a uma terra de menos conflitos onde os mistérios da natureza fossem o maior desafio a superar, mas talvez não seja tão fácil evitar as guerras geradas por tiranos com sede de poder. Conforme as lembranças da tragédia desse dia se acomodam na minha mente, eu tento me lembrar dos ensinamentos de Gozreh: A tempestade também passa...
Delgas Travelfoot
Mais uma vez estou eu aqui escrevendo. Rapaz! Quantas coisas aconteceram nesse meio tempo, bom, talvez nem tanto pra mim que só ajudei o ferreiro a reparar algumas coisas, me ajudou a matar o tempo sabe? Enfim, estávamos indo para nossa 21ª Expedição quando de repente começamos a ouvir gritos no centro da vila, quando chegamos lá vimos uma cena pavorosa, inúmeros mortos-vivos e no meio deles, pasmem, um Lich! O Nome deste indivíduo seria Tsok'zul (por que cargas d'água esses necromantes adoram nomes complicados de se pronunciar?) e ele era horripilante. Ele começou a se concentrar para quebrar os cristais da vila e, embora meus colegas tentassem, ninguém logrou exito em sequer arranha-lo. Um ser deveras além das nossas capacidades.
Combatemos os morto-vivos e ajudamos os vilões (não, não me refiro aos vilões malvados e mau-encarados, são só os que residem em um vila!) a escaparem, felizmente conseguimos sobrepuja-los mas o tenente Rupert acabou por falecer no processo, nunca fui íntimo dele, mas acho que ele merece minhas condolências. Após vencermos esta peleja, começamos a ouvir gritos vindos da Loja da Sociedade Pathfinder, isso claramente nos alardou e então fomos em busca de resolver este empecilho, quando eu cheguei lá já haviam pessoas no local (não espere que eu seja o mais rápido da turma, correr com essas perninhas de Halfling é difícil, poxa!) e conforme eu fui entrando eu me deparei com o que eu pensava ser um inimigo, mas era só uma estátua feia de péssimo gosto que algum boboca achou legal de por ali, tomei o maior susto! Mas quem dera fosse apenas isso, achando que não poderia piorar adentrei mais ao local me deparei com um ser sinistro, uma aparição fantasmagórica com vestes rotas de cor rubra, em sua face só haviam dois olhos luminosos de um vermelho alaranjado semelhante a brasas de uma fogueira (ou eram só laranjas mesmo?) que com sua fria mão fantasmagórica atacava meus companheiros e sugava-lhes a vitalidade!
Eu, quando não estou acreditando que somente a ajuda divina irá resolver meu problema, apelo então para a ciência, só Sarenrae sabe o tanto de ácido que foi jogado naquela criatura que parecia ter uma resiliência etérea impressionante, nossos golpes pareciam atravessa-los de forma semelhante a quando um guerreiro com sua espada resolve "cortar" a água! Felizmente sua capacidades regenerativas foram mitigadas pelo meu ácido e a competência dos meus colegas de expedição deu por fim a vida ou pós-vida desta criatura esquisita.
Pela minha leitura da situação, isto é, se eu não estiver me equivocando, aquelas... Criaturas... Que... como eu poderia definir... Espectros? Sim! Espectros! Estavam tentando dar um fim na vida da nossa queridíssima capitã Eleonor que se encontrava num estado doentio de alta febre praticamente o mês inteiro. Felizmente conseguimos salvar a vida dela, mas nosso estimado amigo Raz teve que se sacrificar para fazer isto. Hoje o dia foi de sacrifícios pelo visto... Ah, e se não me engano, o Wayfinder da capitã foi entregue ao nosso peludo amigo Lift, que ainda me deixa curioso sobre sua biologia e sociedade.
Céus, quando eu cheguei nessa ilha eu só pensava em arranjar dinheiro para pagar a minha fiança e reencontrar minha família... Mas agora isso aconteceu e creio que seja meu dever ajudar nessa hora, é o que qualquer adepto de Sarenrae faria, não é mesmo? Eu estive lendo bastante nesses tempos antes disso acontecer, digamos que a leitura me fez enxergar as coisas de uma forma mais... Científica, talvez? Enfim, sinto que meu vocabulário se enriqueceu por causa disso, só espero que meus companheiros não me acusem de hermetismo por usar alguma palavra de difícil compreensão.
P.S: Hey, Kirel, você usou alguma das poções de cura que eu lhe dei? Caso não, você, hum, bem, poderia me devolver? Pra falar a verdade, pode ficar com você, elas são destruídas depois de 24 horas de qualquer forma.
P.S²: Hey, Khaladur, se você estiver precisando de um reparo na armadura pode contar comigo, hein? Que Sarenrae lhe abençoe, estimado campeão!
Registro de Aventuras - Expedições 1 a 20